Vilamoura desvia ribeira de Quarteira para que a futura cidade lacustre não se afunde

Os promotores relativizam os impactos negativos e não temem que mais de 60 hectares de zonas húmidas se convertam em focos de criação de mosquitos – vectores de várias infecções.

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VR Virgilio Rodrigues

A construção de um megaprojecto de 2400 camas turísticas, classificado de potencial interesse nacional (PIN) em 2009, vai obrigar a desviar as águas da ribeira de Quarteira e a construir um dique para que a futura cidade lacustre não se afunde. Do loteamento faz parte uma área com riscos de inundações — marítimas e fluviais —, mas os empreendedores entendem que todos os impactes negativos se resolverão com obras de minimização. “Um projecto do século passado, desajustado ao presente e ignorando o futuro”, declarou ao PÚBLICO Luís Brás, dirigente da associação ambientalista Almargem, reclamando a “anulação” da declaração de impacto ambiental (DIA) sobre os lagos, emitida há 11 anos. Nesta quinta-feira termina a consulta pública do estudo sobre os impactos do empreendimento.

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A construção de um megaprojecto de 2400 camas turísticas, classificado de potencial interesse nacional (PIN) em 2009, vai obrigar a desviar as águas da ribeira de Quarteira e a construir um dique para que a futura cidade lacustre não se afunde. Do loteamento faz parte uma área com riscos de inundações — marítimas e fluviais —, mas os empreendedores entendem que todos os impactes negativos se resolverão com obras de minimização. “Um projecto do século passado, desajustado ao presente e ignorando o futuro”, declarou ao PÚBLICO Luís Brás, dirigente da associação ambientalista Almargem, reclamando a “anulação” da declaração de impacto ambiental (DIA) sobre os lagos, emitida há 11 anos. Nesta quinta-feira termina a consulta pública do estudo sobre os impactos do empreendimento.