Movimentos antivacinas estão a vencer na “competição online” e podem vir a dominar

Estudo analisou a “competição online” no Facebook entre movimentos pró e antivacinas e concluiu que, se tudo permanecer como agora, dentro de dez anos a posição antivacinas vai dominar. A análise pode ser útil para a actual pandemia da covid-19.

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Imagem mostra os grupos de cidadãos indecisos (a verde), as páginas do Facebook dos grupos antivacinas (a vermelho) ao redor dos aglomerados verdes e as páginas dos grupos pró vacinas (pontos azuis) afastadas mais para a periferia do sistema da rede social Neil Johnson et al./Nature 2020

A equipa de investigadores norte-americanos mergulhou no universo de três mil milhões de utilizadores do Facebook à procura dos movimentos pró e antivacinas e apreciando a “competição online” destes grupos. Além do perfil das comunidades, foi analisada a influência que as duas perspectivas opostas têm junto dos cidadãos indecisos sobre este tema. Os resultados mostram que a estratégia usada pelos movimentos antivacinas é bastante mais eficaz e que, no prazo de uma década, esta posição pode ganhar força ao ponto de se tornar dominante. E a covid-19 pode ser a tempestade perfeita para dar ainda mais poder a estes grupos minoritários, mas com cada vez mais sucesso, alertam os autores, que apresentam soluções para evitar esta tomada de poder desinformado.

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A equipa de investigadores norte-americanos mergulhou no universo de três mil milhões de utilizadores do Facebook à procura dos movimentos pró e antivacinas e apreciando a “competição online” destes grupos. Além do perfil das comunidades, foi analisada a influência que as duas perspectivas opostas têm junto dos cidadãos indecisos sobre este tema. Os resultados mostram que a estratégia usada pelos movimentos antivacinas é bastante mais eficaz e que, no prazo de uma década, esta posição pode ganhar força ao ponto de se tornar dominante. E a covid-19 pode ser a tempestade perfeita para dar ainda mais poder a estes grupos minoritários, mas com cada vez mais sucesso, alertam os autores, que apresentam soluções para evitar esta tomada de poder desinformado.