Presidente guineense cria comissão inconstitucional para rever Constituição

Umaro Sissoco Embaló criou uma comissão que é “uma afronta ao princípio separação de poderes”, diz a Liga Guineense dos Direitos Humanos. Partidos da maioria, em carta à CEDEAO, acusam chefe de Estado dos mesmos “comportamentos desviantes” de José Mário Vaz.

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Nelson Moreira, deputado do Madem-G15, diz que o Presidente Umaro Sissoco Embaló (na foto) “está bem ciente” que a revisão constitucional “é competência da Assembleia” e está só a "adiantar trabalho" RODRIGO ANTUNES/LUSA

O anúncio da criação pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de uma comissão técnica de revisão constitucional está a gerar protestos e críticas no país. A Liga Guineense de Direitos Humanos (LGDH) vê com “bastante preocupação” o passo dado pelo chefe de Estado, por ser “manifestamente inconstitucional” e “uma afronta ao princípio da separação de poderes”. Idriça Djalo, líder do pequeno Partido de Unidade Nacional (PUN) e candidato nas últimas presidenciais, refere ao PÚBLICO que se a iniciativa for avante, a Guiné-Bissau deixa de ser um país.

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O anúncio da criação pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de uma comissão técnica de revisão constitucional está a gerar protestos e críticas no país. A Liga Guineense de Direitos Humanos (LGDH) vê com “bastante preocupação” o passo dado pelo chefe de Estado, por ser “manifestamente inconstitucional” e “uma afronta ao princípio da separação de poderes”. Idriça Djalo, líder do pequeno Partido de Unidade Nacional (PUN) e candidato nas últimas presidenciais, refere ao PÚBLICO que se a iniciativa for avante, a Guiné-Bissau deixa de ser um país.