A China tem um grande problema: não percebe as democracias

Se há lição que o mundo desenvolvido já retirou desta crise foi a de que não pode entregar à gigantesca fábrica chinesa a produção de bens que se relevaram essenciais no combate à pandemia.

1. Um dos efeitos mais nefastos do discurso incompetente e errático de Donald Trump está em que ninguém dá atenção a algumas verdades que por vezes aflora, mesmo que as apresente distorcidas de acordo com as suas conveniências politicas. O caso mais evidente refere-se às críticas e acusações sistemáticas que dirige à China e à forma como o regime de Pequim lidou e continua a lidar com a pandemia. A falta de credibilidade do Presidente americano leva quem o ouve a desvalorizar o papel da China, quer no enorme atraso em declarar publicamente a epidemia, quer na recusa de inspecções internacionais independentes. Ou, mais recentemente, a não dar a devida importância à descarada operação de propaganda dirigida sobretudo às democracias ocidentais, com dois objectivos precisos: apagar a má imagem inicial; tirar partido da ausência americana para se afirmar como a superpotência solidária e apresentar o seu regime político como o mais eficaz para enfrentar crises desta gravidade.

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1. Um dos efeitos mais nefastos do discurso incompetente e errático de Donald Trump está em que ninguém dá atenção a algumas verdades que por vezes aflora, mesmo que as apresente distorcidas de acordo com as suas conveniências politicas. O caso mais evidente refere-se às críticas e acusações sistemáticas que dirige à China e à forma como o regime de Pequim lidou e continua a lidar com a pandemia. A falta de credibilidade do Presidente americano leva quem o ouve a desvalorizar o papel da China, quer no enorme atraso em declarar publicamente a epidemia, quer na recusa de inspecções internacionais independentes. Ou, mais recentemente, a não dar a devida importância à descarada operação de propaganda dirigida sobretudo às democracias ocidentais, com dois objectivos precisos: apagar a má imagem inicial; tirar partido da ausência americana para se afirmar como a superpotência solidária e apresentar o seu regime político como o mais eficaz para enfrentar crises desta gravidade.