Máquinas não apanham fruta, mas aproximam famílias separadas pela quarentena

Sem poder receber visitas há mais de um mês, os residentes de um lar, em Bruxelas, foram visitados pelas famílias. À distância.

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Os utentes de um lar de idosos em Bruxelas puderam ver a sua família pessoalmente pela primeira vez desde meados de Março graças a uma plataforma elevada que é normalmente utilizada para limpar janelas ou para a apanha da cereja. As visitas estão proibidas por causa da pandemia de covid-19

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Os utentes de um lar de idosos em Bruxelas puderam ver a sua família pessoalmente pela primeira vez desde meados de Março graças a uma plataforma elevada que é normalmente utilizada para limpar janelas ou para a apanha da cereja. As visitas estão proibidas por causa da pandemia de covid-19

O gerente da empresa que aluga estas plataformas, Tristan Van den Bosch, apercebeu-se de que o seu equipamento não estava a ser usado e poderia ser posto ao serviço de idosos durante a solidão causada pela pandemia.

A ideia surgiu quando Van den Bosch passou de carro por um lar de idosos em Antuérpia, há duas semanas. “Vi alguém que falava aos gritos com a mãe que estava dois andares acima e pensei: ‘Já que tivemos uma grande queda no negócio, poderíamos levar o homem até ao nível da janela com as nossas máquinas’”, explica à Reuters.

Van den Bosch pôs o seu plano em acção num lar de idosos em Antuérpia. Nesta segunda-feira, fê-lo também em Bruxelas, no lar Le Cinquantenaire. “Infelizmente, todos os residentes estão confinados nos seus quartos”, conta o director do lar, Laurent Nadin. “As actividades em conjunto acabaram. Então hoje pudemos dar-lhes algum conforto, ao elevar as suas famílias para que os possam ver e é uma grande ajuda”, diz.

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Albert Camphyn, de 58 anos, visita a sua mãe, de 98 anos Reuters/YVES HERMAN

Entre os visitantes de segunda-feira estava Clementine Van Eijcke, de 84 anos, que foi visitar o marido, e Albert Camphyn, de 58 anos, que foi erguido para ver a sua mãe, de 98 anos. Separados por um vidro, podem subir duas pessoas na plataforma e falar durante uns 15 minutos com a família à varanda. “É muito bom, adoramos. É realmente uma forma de estarmos mais perto”, confessa Camphyn.