Pai e filha detidos por agredir e insultar polícias de Loures

Tudo aconteceu na terça-feira, após agentes terem sido alertados para um grupo de pessoas que se encontrava a beber e a confraternizar na via pública.

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daniel rocha

Um homem e a sua filha foram detidos na terça-feira, em Loures, por agressões e injúrias a agentes de autoridade, no âmbito do desrespeito pelo estado de emergência devido à covid-19, anunciou a PSP.

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Um homem e a sua filha foram detidos na terça-feira, em Loures, por agressões e injúrias a agentes de autoridade, no âmbito do desrespeito pelo estado de emergência devido à covid-19, anunciou a PSP.

“Os polícias agredidos tiveram necessidade de receber tratamento hospitalar”, avançou, em comunicado, esta corporação.

Tudo aconteceu na terça-feira, pelas 18h, após os polícias terem sido alertados para um grupo de pessoas que se encontrava “a consumir bebidas alcoólicas e a confraternizar livremente na via pública, desrespeitando as restrições impostas pelo estado de emergência”.

“Ao chegar ao local, os polícias foram recebidos e ameaçados de forma hostil, não tendo o grupo de indivíduos acatado as ordens legais e legítimas que lhes foram dirigidas, no sentido de recolherem ao domicílio”, relata a PSP, referindo que apenas foi possível deter um dos infractores.

O suspeito detido tem 37 anos e, ao aperceber-se de que iria ser algemado, “desferiu diversos pontapés nos polícias”. “Não obstante, os polícias lograram manietar e deter o agressor, sendo que os restantes incumpridores se colocaram em fuga para parte incerta”, prossegue a PSP. Logo a seguir, a PSP deteve igualmente a sua filha, de 21 anos, depois de esta ter “saído da residência e injuriado gravemente os polícias”.

A jovem foi notificada para comparecer no Tribunal Judicial da Comarca de Loures para aplicação de medidas de coacção, enquanto o detido recolheu à cela para que “no mesmo dia fossem ambos presentes no mesmo tribunal”.

Na perspectiva do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, “estas detenções serão impactantes para que o fenómeno de agressões a polícias, prioritário em termos de intervenção policial, possa sofrer decréscimos assinaláveis pela dissuasão de grupos de autores com pretensões desta natureza”.

Neste âmbito, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP assegura que se mantêm as mais rigorosas normas de autoprotecção dos polícias, bem como as medidas de prevenção criminal necessárias ao fortalecimento do sentimento de segurança das populações, face à gravidade e ao impacto deste tipo de acções criminosas na opinião pública.

“Não será um episódio por si só que colocará em causa todo o esforço que os polícias da PSP têm desenvolvido no sentido de apoiarem a luta contra esta epidemia, expondo-se continuamente a riscos de contágio elevados, bem como padecendo de diversas privações, tendo ainda de se deparar, confrontar e dominar este tipo de comportamentos de incumprimento e até mesmo de índole criminosa”, sublinha esta força de segurança.

Até terça-feira, a PSP e a Guarda Nacional Republicana detiveram 32 pessoas pelo crime de desobediência e encerraram 54 estabelecimentos no âmbito do terceiro período do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, indicou o Ministério da Administração Interna (MAI). Desde que foi decretado o estado de emergência, a 22 de Março, 324 pessoas foram detidas por desobediência e 2194 estabelecimentos comerciais foram encerrados.