Renovação do estado de emergência? O que dizem PSD, BE, CDS e PAN

O Presidente da República decide esta semana um eventual prolongamento do estado de emergência. Há partidos que declaram apoio a esta opção, mas deixam alguns avisos.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Marcelo e Costa assistiram nesta terça-feira a um novo briefing sobre a "situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal”. Tem sido com base nas informações dos especialistas em saúde que o Presidente da República e o primeiro-ministro tomam decisões sobre o isolamento social e as medidas necessárias para tentar conter a propagação do novo coronavírus. 

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Marcelo e Costa assistiram nesta terça-feira a um novo briefing sobre a "situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal”. Tem sido com base nas informações dos especialistas em saúde que o Presidente da República e o primeiro-ministro tomam decisões sobre o isolamento social e as medidas necessárias para tentar conter a propagação do novo coronavírus. 

Nesta reunião, que foi a segunda, estando já marcada uma terceira para 7 de Abril, na qual serão apresentados dados relevantes sobre a continuidade do fecho das escolas, estiveram também presentes os líderes dos partidos políticos. Aqui fica uma síntese das declarações recolhidas pela Lusa feitas pelos dirigentes partidários que falaram à saída da reunião aos jornalistas.

O que diz o PSD:

O partido mostrou-se disponível para apoiar um eventual pedido de renovação do estado e emergência e reiterou o “espírito de colaboração com o Governo” para analisar “todas as medidas necessárias” para combater a pandemia. O deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, que esteve presente na reunião (Rui Rio assistiu por videoconferência) afirmou que, “naturalmente, não será pelo PSD que não será prorrogado” o estado de emergência, se tal for proposto. Remeteu para o Governo a decisão sobre se as medidas de restrição devem ser alteradas, mas manifestou colaboração - até no que respeita ao debate quanto a “um planeamento sobre como será feita a libertação da quarentena a nível nacional”.

O que diz o BE:

Mais estado de emergência, mais medidas de apoio social. O Bloco de Esquerda está disponível para apoiar um eventual prolongamento do estado de emergência, mas alerta que, nesse caso, as medidas de apoio social precisam de ser reforçadas. “É preciso aprofundar os apoios sociais”, dado que, se as famílias estiverem “mais tempo sem os rendimentos”, o “problema social [será] mais profundo”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas. A líder bloquista afirmou que as medidas de distanciamento físico para conter o contágio “parecem estar a resultar”. 

O que diz o CDS:

O líder dos centristas defendeu a necessidade de uma “testagem maciça” e considerou importante que o boletim epidemiológico da Direcção-Geral de Saúde seja “credível” e “rigoroso”. Francisco Rodrigues dos Santos diz ser necessário dar uma “maior publicidade e visibilidade a um indicador fundamental que se prende com o número de testes”. Quanto ao boletim da DGS, o presidente do CDS argumentou que é necessário evitar duplicações nas contagens. Rodrigues dos Santos lembrou ainda algumas medidas de apoio à economia que o partido tem apresentado, como o acesso ao layoff alargado para todos os sócios gerentes. O presidente do CDS disse ainda que não se pode “abrandar” as medidas de contingência tomadas ao nível do estado de emergência. 

O que diz o PAN: 

O PAN “renovará o seu voto favorável” num eventual prolongamento do estado de emergência que venha a ser decidido esta semana pelo Presidente da República. O líder do partido disse que ficou patente na reunião desta terça-feira que “têm sido importante as restrições ao nível das deslocações e do contacto entre as pessoas”. André Silva mostrou-se preocupado com a necessidade de existirem mais medidas para os grupos mais vulneráveis.