IATA sobe previsão de perdas na aviação para 233 mil milhões

Europa deverá ser a região com maior queda nas receitas, apresentando um “rombo” de 70 mil milhões de euros.

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Novo coronavírus está a deixar os aviões no chão Reuters/Nick Oxford

A IATA subiu a estimativa do impacto do novo coronavírus para as companhias aéreas para 252 mil milhões de dólares (233 mil milhões de euros ao câmbio actual) este ano, o que representa uma quebra de 44% face às receitas de 2019 (receitas de passageiro por quilómetro). Este valor representa uma subida da factura em 120% face à estimativa apresentada no dia 5 de Março.

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A IATA subiu a estimativa do impacto do novo coronavírus para as companhias aéreas para 252 mil milhões de dólares (233 mil milhões de euros ao câmbio actual) este ano, o que representa uma quebra de 44% face às receitas de 2019 (receitas de passageiro por quilómetro). Este valor representa uma subida da factura em 120% face à estimativa apresentada no dia 5 de Março.

O cenário feito pela associação que representa o sector aeronáutico a nível mundial pressupõe que as severas restrições às viagens se mantêm por três meses, “seguindo-se uma recuperação gradual da economia”, de acordo com um comunicado da IATA.

Nas contas da IATA a maior queda regista-se na Europa, com menos 46% das receitas, o que equivale a um “rombo” de 76 mil milhões de dólares (70 mil milhões de euros).

O presidente da IATA defende, no entanto, que “sem ajudas imediatas dos governos não restará nada” do sector. As companhias áreas, diz Alexandre de Juniac, “precisam de 200 mil milhões de euros de liquidez para sobreviver. Alguns governos já deram passos em frente, mas muitos mais têm de se seguir””.

A TAP é uma das transportadoras a passar por profundas dificuldades, estando a operar apenas 2% da média normal do número de voos semanais.