PÚBLICO, um jornal para o futuro

Estamos conscientes de que o nosso jornalismo e o nosso sentido de serviço público ajudaram o país a superar muitas das suas barreiras, a vencer muito dos seus atavismos. O PÚBLICO é ao mesmo tempo criatura e criador do Portugal europeu que nos orgulha

Foto
PÚBLICO

O primeiro número do PÚBLICO viu a luz do dia faz hoje 30 anos. No longo fio da história, até da história da imprensa, três décadas de vida não é muito tempo. Mas é tempo suficiente para podermos saber o que somos e para poder avaliar o que fizemos. No primeiro ou no segundo caso, temos razões para nos sentirmos orgulhosos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O primeiro número do PÚBLICO viu a luz do dia faz hoje 30 anos. No longo fio da história, até da história da imprensa, três décadas de vida não é muito tempo. Mas é tempo suficiente para podermos saber o que somos e para poder avaliar o que fizemos. No primeiro ou no segundo caso, temos razões para nos sentirmos orgulhosos.

Somos afinal o resultado de uma evolução natural do pensamento e do exemplo dos nossos fundadores. Continuamos a ser um jornal nacional, com duas redacções e presença de norte a sul. Continuamos a recusar o sensacionalismo, o populismo, a discriminação. Queremos ser um jornal vigilante, que, na melhor das tradições da grande imprensa, não abdica do seu papel de escrutinar ou censurar os abusos dos poderes e de exigir o respeito pelas regras da democracia e do Estado de direito. Somos um jornal vinculado à Europa e ao mundo. Com apego à cultura e à ciência. Um jornal que não prescinde de cultivar a diversidade de opinião que é o cimento das sociedades livres.

Nascemos naquele que foi talvez o melhor momento para viver em Portugal desde os Descobrimentos. Vivemos a exuberância dessa década inicial de crescimento económico, de pleno emprego e de esperança. Consolidámos o nosso projecto nos anos perdidos do início do novo século. Resistimos a muitas crises, do país, do mundo e da imprensa. Soubemos ler o sinal dos tempos para caminharmos para o que hoje somos – um jornal cada vez mais digital.

Cometemos muitos erros, alguns graves e de má memória. Houve alturas em que nos acomodámos e deslumbrámos. Como nas nossas próprias vidas, tivemos melhores e piores momentos. Mas estamos conscientes de que o nosso jornalismo e o nosso sentido de serviço público ajudaram o país a superar muitas das suas barreiras, a vencer muito dos seus atavismos. O PÚBLICO é ao mesmo tempo criatura e criador do Portugal europeu que nos orgulha.

Sabemos que os tempos são difíceis para os jornais. Chegámos ao momento em que a má notícia de um jornal é uma má notícia para todos. Mas acreditamos que é possível chegar a novos modelos de sustentabilidade. E sabemos que esse caminho exige de nós o que melhor sabemos fazer: jornalismo. Temos como garantia para chegar a esse destino uma memória, o apoio e a liberdade editorial irrestrita que os nossos accionistas, a família Azevedo, nos concedem, temos uma nova geração de jornalistas com talento para garantir o futuro. E temos os mais fiéis, comprometidos e exigentes leitores do país. A todos os que fazem parte desta comunidade de ideais e de afectos que é o PÚBLICO muito obrigado.