As pessoas não são só inteligentes quando dá jeito

Numa democracia há lugar para referendos e para decisões parlamentares e é preciso critérios claros, consistentes e constantes para definir o que cabe a uns e a outras.

Não sei como dizê-lo de forma delicada, mas há poucos sinais mais claros de desespero do que quando um cronista é forçado a lançar a frase “as pessoas não são estúpidas” a um seu interlocutor. Significa que o cronista confia menos na sua argumentação do que na tentativa de conseguir o favor da audiência através da insinuação de que o seu oponente, no fundo, ache que o público não é suficientemente inteligente para decidir as coisas por si. O argumento é facilmente invertido: na verdade, quem acha mesmo que o público é suficientemente inteligente para chegar às suas conclusões não precisaria nunca de tal insinuação num debate.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Não sei como dizê-lo de forma delicada, mas há poucos sinais mais claros de desespero do que quando um cronista é forçado a lançar a frase “as pessoas não são estúpidas” a um seu interlocutor. Significa que o cronista confia menos na sua argumentação do que na tentativa de conseguir o favor da audiência através da insinuação de que o seu oponente, no fundo, ache que o público não é suficientemente inteligente para decidir as coisas por si. O argumento é facilmente invertido: na verdade, quem acha mesmo que o público é suficientemente inteligente para chegar às suas conclusões não precisaria nunca de tal insinuação num debate.