Médicos estão divididos e seis admitiram que já praticaram eutanásia

Quanto mais afastados os médicos estão da realidade dos doentes em fim de vida, mais favoráveis são à prática da morte assistida, diz o director do serviço de cuidados paliativos do IPO do Porto, autor de um estudo sobre o polémico assunto.

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Nelson Garrido

Os médicos estão divididos em relação à despenalização da eutanásia, indica um estudo que até à data será o mais participado sobre esta matéria efectuado em Portugal, e em que seis dos clínicos que responderam de forma anónima admitiram que praticaram eutanásia e outros dois, suicídio assistido. Sem ser representativo da realidade nacional, o inquérito - que começou por ser dirigido a todos os médicos do país e acabou por se circunscrever aos inscritos no Norte por falta de participação dos profissionais das outras regiões do país -  revela que existe uma divisão entre os profissionais: pouco mais de metade (51%) dos 1148 que responderam concordavam com a legalização da eutanásia, 32% eram contra e 17% disseram não ter uma opinião definitiva.

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Os médicos estão divididos em relação à despenalização da eutanásia, indica um estudo que até à data será o mais participado sobre esta matéria efectuado em Portugal, e em que seis dos clínicos que responderam de forma anónima admitiram que praticaram eutanásia e outros dois, suicídio assistido. Sem ser representativo da realidade nacional, o inquérito - que começou por ser dirigido a todos os médicos do país e acabou por se circunscrever aos inscritos no Norte por falta de participação dos profissionais das outras regiões do país -  revela que existe uma divisão entre os profissionais: pouco mais de metade (51%) dos 1148 que responderam concordavam com a legalização da eutanásia, 32% eram contra e 17% disseram não ter uma opinião definitiva.