Aventuras dum cão digital

O novo-riquismo tecnológico é uma boa maneira de estragar o que podia ser um simpático, e quase demodé, filme de aventuras

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A história de Jack London sobre a corrida ao ouro no Yukon, em finais do século XIX, já deu um grande filme: o igualmente chamado The Call of the Wild, dirigido por William Wellman nos anos 30. Esta nova versão é, como seria de prever, bicho bastante diverso. Literalmente: o bicho do filme — o cão chamado Buck — é agora um produto de computador, híper-realista mas incapaz de disfarçar a sua natureza artificial. Vai-se metade da graça (metade? toda!) quando se percebe que em vez dum animal de pêlo genuíno nos põem à frente uma espécie de holograma, com todas as reacções programadas e espontaneidade nenhuma (o mesmo problema do recente remake do Rei Leão).

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A história de Jack London sobre a corrida ao ouro no Yukon, em finais do século XIX, já deu um grande filme: o igualmente chamado The Call of the Wild, dirigido por William Wellman nos anos 30. Esta nova versão é, como seria de prever, bicho bastante diverso. Literalmente: o bicho do filme — o cão chamado Buck — é agora um produto de computador, híper-realista mas incapaz de disfarçar a sua natureza artificial. Vai-se metade da graça (metade? toda!) quando se percebe que em vez dum animal de pêlo genuíno nos põem à frente uma espécie de holograma, com todas as reacções programadas e espontaneidade nenhuma (o mesmo problema do recente remake do Rei Leão).