Marega, as bestas ululantes e a lixeira do futebol

Marega fez a sua parte. Agora falta o resto – falta limpar a lixeira do futebol. O meu desejo é que mil Maregas floresçam, a ver se os estádios voltam a ser locais onde um tipo decente possa ter orgulho em levar os filhos.

O que aconteceu a Marega em Guimarães não é novidade. Não foi um “episódio”. Não foi um acaso. Não foi um “incidente”. Aquilo que lhe aconteceu foi um dia normal num estádio de futebol. Qualquer pessoa que costume ir à bola já ouviu aqueles urros dezenas e dezenas de vezes. Gritos obscenos a imitar símios sempre que um jogador adversário de pele negra toca na bola, se aproxima da linha final ou marca um livre. São centenas, talvez milhares de pessoas, aos gritos de “uh-uh-uh-uh”, todos unidos a urrar e a celebrar a mais reles grunhice colectiva.

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O que aconteceu a Marega em Guimarães não é novidade. Não foi um “episódio”. Não foi um acaso. Não foi um “incidente”. Aquilo que lhe aconteceu foi um dia normal num estádio de futebol. Qualquer pessoa que costume ir à bola já ouviu aqueles urros dezenas e dezenas de vezes. Gritos obscenos a imitar símios sempre que um jogador adversário de pele negra toca na bola, se aproxima da linha final ou marca um livre. São centenas, talvez milhares de pessoas, aos gritos de “uh-uh-uh-uh”, todos unidos a urrar e a celebrar a mais reles grunhice colectiva.