Xi Jinping visita hospital em Pequim: “Temos de estar confiantes de que iremos ganhar a batalha”

O Presidente chinês não visitou Wuhan, uma “cidade de heróis”, mas esteve em videochamada com uma equipa de médicos que se encontra na metrópole que é o epicentro do surto do novo coronavírus.

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Reuters/XINHUA

Numa rara aparição desde o início do surto do novo coronavírus (conhecido como 2019-nCoV), Xi Jiping visitou, nesta segunda-feira, vários centros de saúde em Pequim — entre eles, o hospital de Ditan, um dos centros de tratamento de doentes com coronavírus, e um centro de controlo sanitário comunitário da capital chinesa.

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Numa rara aparição desde o início do surto do novo coronavírus (conhecido como 2019-nCoV), Xi Jiping visitou, nesta segunda-feira, vários centros de saúde em Pequim — entre eles, o hospital de Ditan, um dos centros de tratamento de doentes com coronavírus, e um centro de controlo sanitário comunitário da capital chinesa.

Em fotografias publicadas nos meios de comunicação oficiais do regime chinês, Xi Jinping é visto a falar com o pessoal hospitalar, com uma máscara a tapar-lhe a boca. Noutras imagens, vê-se o líder chinês a medir a temperatura e a cumprimentar algumas pessoas, já na zona exterior do centro comunitário. Terá dito, em jeito de piada, que era melhor não dar apertos de mão “durante este período especial”, cita o New York Times

“Temos de estar confiantes de que iremos ganhar a batalha contra esta epidemia”, afirmou.

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Não visitou Wuhan, uma “cidade de heróis” como a descreveu, mas esteve em videochamada com uma equipa de médicos que se encontra na cidade que é o epicentro do novo surto de coronavírus.

Esta visita, como outras que já fez a hospitais e ao centro de controlo de doenças chinês, são encaradas pelos meios de comunicação nacionais como tentativas de se colocar no centro da resposta governamental ao surto do novo coronavírus. Oficialmente, é o primeiro-ministro Li Kequiang que está encarregado de lidar com o novo vírus — e, ao contrário de Xi, já visitou Wuhan.

Já morreram mais de 1000 pessoas vítimas do novo coronavírus na China, cimentando aquela que é uma das maiores crises de saúde pública no país desde a epidemia de SARS, em 2002. OS líderes chineses têm estado a ser alvos de críticas constantes por terem, num primeiro momento, subestimado a gravidade do vírus. O Governo chinês já admitiu, no início de Fevereiro, algumas “lacunas” na resposta ao novo coronavírus.

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Nesta segunda-feira, chegou à China uma equipa da Organização Mundial de Saúde para investigar a origem do surto, depois de cerca de duas semanas de negociações com Pequim.