Depois de anos em negação, Alberto II da Bélgica admite que é pai de uma filha ilegítima

O antigo rei, que abdicou em 2013, admitiu que é pai da artista Delphine Boël, nascida de um caso extraconjugal, depois de ter sido obrigado a fazer um teste de ADN.

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Há mais de uma década que a artista belga Delphine Boël, de 51 anos, luta em tribunal para que o antigo rei belga Alberto II, que abdicou em 2013, a favor do filho Phillipe, de 59 anos, admita que é seu pai. Nesta segunda-feira, segundo um comunicado dos advogados do ex-monarca, este reconheceu os resultados do teste de ADN e as “conclusões científicas que indicam que é o pai biológico da Sra. Delphine Boël, cita a BBC.

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Há mais de uma década que a artista belga Delphine Boël, de 51 anos, luta em tribunal para que o antigo rei belga Alberto II, que abdicou em 2013, a favor do filho Phillipe, de 59 anos, admita que é seu pai. Nesta segunda-feira, segundo um comunicado dos advogados do ex-monarca, este reconheceu os resultados do teste de ADN e as “conclusões científicas que indicam que é o pai biológico da Sra. Delphine Boël, cita a BBC.

Para os advogados da filha ilegítima de Alberto II, que chegou ao trono depois de o irmão, o rei Balduíno, que não teve filhos, ter morrido em 1993, esta declaração foi “um alívio”.

Alberto II reconhecia apenas os filhos que teve do casamento com a rainha Paola, uma nobre italiana: Phillipe, que lhe sucedeu no trono, casado e com quatro filhos (a mais velha, Elisabeth, é, de momento, a segunda na linha da sucessão ao trono da Bélgica), Astride, de 57 anos, princesa da Bélgica, que tem cinco filhos; e Laurent, de 56 e 11.º na linha de sucessão. Agora, admitiu que Delphine é a filha nascida de uma relação extraconjugal com a baronesa Sybille de Selys Longchamps, aceitando-a como a quarta filha, referem os advogados.

Desde 2013, altura em que o monarca abdicou, perdendo assim a imunidade judicial, que Delphine lutava em tribunal para que Alberto II a reconhecesse. “A sua vida tornou-se um pesadelo por causa da sua procura pela sua identidade”, disse o seu advogado, Marc Uyttendaele, à estação de televisão RTL. A sua constituinte tinha “um pai biológico que a rejeitou brutalmente quando o caso de paternidade se tornou público”. 

Em Maio do ano passado, um tribunal de Bruxelas determinou que o ex-rei deveria ser penalizado em 5000 euros diários por se recusar a fazer o teste de DNA, acabando Alberto II por fazê-lo. Alberto teve um caso com Sybille de Selys Longchamps, entre 1966 e 1984, era ainda príncipe.