Portugal vence Hungria e vai ao jogo do quinto lugar no Europeu de andebol

Selecção de andebol fecha ronda principal com triunfo expressivo sobre os húngaros e vai defrontar a Alemanha. Já é o melhor Europeu de sempre.

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Portugal foi mais forte do que a Hungria LUSA/ANDREAS HILLERGREN

Portugal entrou neste Europeu de andebol como um “outsider” talentoso e vai sair dele como uma das melhores selecções do mundo. Nesta quarta-feira deu mais uma prova desse estatuto, ao bater a Hungria em Malmö por 34-26 (16-14 ao intervalo), garantindo o terceiro lugar do Grupo II e o acesso ao jogo do quinto lugar (que será com a Alemanha no próximo sábado, em Estocolmo), fazendo deste o melhor Europeu de sempre para a selecção portuguesa — acabe em quinto ou em sexto, supera o sétimo lugar obtido em 2000, na Croácia.

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Portugal entrou neste Europeu de andebol como um “outsider” talentoso e vai sair dele como uma das melhores selecções do mundo. Nesta quarta-feira deu mais uma prova desse estatuto, ao bater a Hungria em Malmö por 34-26 (16-14 ao intervalo), garantindo o terceiro lugar do Grupo II e o acesso ao jogo do quinto lugar (que será com a Alemanha no próximo sábado, em Estocolmo), fazendo deste o melhor Europeu de sempre para a selecção portuguesa — acabe em quinto ou em sexto, supera o sétimo lugar obtido em 2000, na Croácia.

Mas não foi “só” isto que Portugal conseguiu com o triunfo expressivo sobre os magiares. A selecção orientada por Paulo Pereira também ganhou o acesso ao torneio pré-olímpico que irá qualificar seis selecções para Tóquio 2020 entre 17 e 19 de Abril.

Será um torneio em que cada selecção fará três jogos, qualificando-se para Tóquio os dois primeiros de cada um dos três agrupamentos. Se o andebol português estiver na capital japonesa no próximo Verão, será um feito inédito.

Depois de ter ficado de fora da luta pelas meias-finais no dia anterior (derrota com a Eslovénia), Portugal tinha as contas feitas para conquistar o que ainda lhe restava neste Europeu. Não bastava só ganhar. Precisava de ganhar por cinco golos para não ficar à espera do que a Islândia pudesse fazer frente à Suécia (acabaria por perder por sete, 25-32). O que não era nada fácil, tendo em conta que a Hungria entrava para a última jornada a pensar mais alto, em chegar às meias-finais. Portugal teria ser mais a equipa que abateu adversários como a França ou a Suécia. Tinha de voltar a ser perfeita.

Quintana, de novo, muito bom

Com Alfredo Quintana a dar o impulso necessário a partir da baliza, Portugal chegou pela primeira vez à vantagem aos 13’ (5-4) e não mais olhou para trás. Os húngaros ainda conseguiram empatar na primeira parte (10-10), mas Portugal, mais consistente no ataque e a cometer poucos erros, chegou ao intervalo em vantagem por dois (16-14).

Na segunda parte, esperava-se uma forte resposta dos húngaros, mas ela nunca veio. Portugal navegou a primeira metade do segundo tempo entre os três e os quatro golos de diferença e, com um parcial de 4-0 entre os 43’ e os 47’, ultrapassou o número mágico — precisava de cinco, ficou com seis (26-20).

A diferença nunca baixou dos cinco e foi aumentando pela sofreguidão húngara que conduziu a múltiplos erros, contrastando com a serenidade e eficácia da selecção portuguesa.

A diferença fechou em oito, número mais que suficiente para garantir um lugar entre os seis melhores, e, de caminho, qualificar a Eslovénia para as “meias” em prejuízo dos húngaros.

Impecável da linha de sete metros (cinco em cinco), Belone Moreira foi o melhor marcador do encontro, com sete golos, seguido, do lado português, por Daymaro Salina,Alexis Borges e António Areia (todos com cinco). Nos húngaros, Zsolt Balogh e Bence Banhidi foram os mais concretizadores, com cinco. 

Um dia antes do jogo do quinto lugar, disputam-se, também em Estocolmo, os dois jogos da meia-final, que ficaram definidas depois da última jornada da ronda principal. A Espanha, actual campeã da Europa, defronta a Eslovénia, enquanto a Noruega, vice-campeão mundial, terá pela frente a Croácia.