Siza e Souto de Moura ou os anjos e as janelas da arquitectura

O britânico Kenneth Frampton e o italiano Francesco Dal Co dialogaram sobre as obras dos arquitectos portugueses a pretexto das suas exposições simultâneas em Serralves e na Casa da Arquitectura.

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Não é invulgar vermos Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura juntos em palcos públicos. Ambos trabalham no mesmo edifício no Porto, junto ao rio Douro; nas duas últimas décadas têm partilhado projectos em diferentes países, como o que ainda está em curso no Metro de Nápoles; surgem várias vezes em debates e encontros… Mas a situação vivida este fim-de-semana teve algo de novidade: os dois arquitectos cruzaram-se entre o Museu de Serralves e a Casa da Arquitectura (CA), falando cada um deles sobre a obra e a relação com o outro. Que isso tenha acontecido, pela primeira vez, entre o palco da fundação portuense e a novel instituição de Matosinhos não deixou de ser algo inesperado, tendo em conta uma certa luta surda de bastidores que nos últimos tempos se tem verificado na disputa pelos arquivos dos arquitectos portugueses entre estas e outras instituições do país.

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Não é invulgar vermos Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura juntos em palcos públicos. Ambos trabalham no mesmo edifício no Porto, junto ao rio Douro; nas duas últimas décadas têm partilhado projectos em diferentes países, como o que ainda está em curso no Metro de Nápoles; surgem várias vezes em debates e encontros… Mas a situação vivida este fim-de-semana teve algo de novidade: os dois arquitectos cruzaram-se entre o Museu de Serralves e a Casa da Arquitectura (CA), falando cada um deles sobre a obra e a relação com o outro. Que isso tenha acontecido, pela primeira vez, entre o palco da fundação portuense e a novel instituição de Matosinhos não deixou de ser algo inesperado, tendo em conta uma certa luta surda de bastidores que nos últimos tempos se tem verificado na disputa pelos arquivos dos arquitectos portugueses entre estas e outras instituições do país.