As cinco crónicas mais lidas no P3 em 2019 são...

A efemeridade do tempo, a doença mental, a violência doméstica, o turismo excessivo e o acesso à universidade: eis as cinco crónicas mais lidas entre as centenas publicadas no Megafone em 2019.

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1. Não deixem nada por dizer

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1. Não deixem nada por dizer

A frase de António Feio deu origem à crónica mais lida em 2019. João André Costa escreveu sobre a efemeridade do tempo e sobre a importância de dizer tudo, mesmo quando é difícil: “(…) Falar é fácil, António, e dizer amor soa mal, dizer dor custa, e a verdade também”, escreveu. O professor contou como disse “tudo” ao avô e prometeu “amá-lo para sempre”. Porque “nada dura para sempre, nem vocês”.

2. Joker: tudo menos uma piada

Foi um dos filmes mais badalados do ano e motivou Catarina Teles de Menezes a escrever sobre a mensagem que transmite: “A representação da sociedade em que vivemos”, “o testemunho de um ser humano levado à loucura pela sociedade desgastante que o envolve” ou “o bullying perpetuado pela violência”. Foi a segunda crónica mais lida no P3.

3. Podia ter sido eu na mala daquele carro

 A notícia da morte de uma criança de dois anos — que terá sido levada a cabo pelo próprio pai, sinalizado por violência doméstica — motivou Nelson Nunes a partilhar a sua própria história. O escritor conta como ele e a mãe fugiram da casa onde viviam com o pai: “A violência doméstica está-me no sangue, e o trauma também”, escreveu. Nelson Nunes rematou com uma crítica à justiça — que se quer do lado das vítimas. Vale a pena reler este texto.

4. O coração do Porto está doente

Teresa Sarmento de Beires fez um diagnóstico: “O coração do Porto está doente.” Os sintomas? A “crescente afluência de turistas”, que provoca “mudanças no paradigma imobiliário da cidade”; a “procura frenética e desenfreada por casas no centro histórico” da cidade; os “preços exorbitantes”. Como “cura”, a médica deixou um desafio: observar o Porto a partir do terreiro da Sé. Para perceber se estamos “mesmo dispostos a abdicar da nossa saúde e identidade colectiva”.

5. Entrar para a universidade não vai ser assim tão fácil para os alunos do ensino profissional

Corria o mês de Março quando a notícia de que os alunos do ensino profissional iriam poder entrar no ensino superior sem realizar os exames nacionais foi dada. A polémica à volta do tema levou Francisco Lampreia a escrever aquela que foi a quinta crónica mais lida em 2019. O estudante defendeu que “entrar para a universidade pelo ensino profissional não é uma tarefa fácil” e, mais ainda, que estes estudantes têm diversos parâmetros de avaliação que os alunos do ensino regular não têm. “Medidas como esta não deviam ser menosprezadas.”