Uma década de mortes e renascimentos

Como David Bowie, Gil-Scott Heron, D’ Angelo, LCD Soundsystem, Beyoncé, Kendrick Lamar, Arca ou Nick Cave marcaram a década.

A morte foi omnipresente durante a década. David Bowie, Leonard Cohen, Prince, Lou Reed, Gil Scott-Heron, Amy Winehouse, George Michael, Aretha Franklin, Alan Vega (Suicide), Mark E. Smith (The Fall), Captain Beefheart, Scott Walker, José Mário Branco, Zé Pedro (Xutos), e muitos outros, deixaram-nos. Há mais de um decénio o editor de música e cultura do New York Times, Jon Pareles, dizia que tinha a felicidade de raramente escrever obituários de músicos da cultura popular, comparando com o que acontecia noutras áreas (da política à economia) e também na cultura, do cinema às artes ou teatro. O seu argumento era da ordem da racionalidade. A maioria dos músicos, em particular os da área pop-rock, não teria ainda uma idade avançada. Hoje a realidade é diferente. A percepção de que a cultura popular já passou a meia-idade acentuou-se. E isso sente-se na mudança de conceitos (a ideia de que o pop-rock é música de jovens, para jovens, focando o que é ser jovem, já pouco sentido faz) e também na maior presença da morte.

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A morte foi omnipresente durante a década. David Bowie, Leonard Cohen, Prince, Lou Reed, Gil Scott-Heron, Amy Winehouse, George Michael, Aretha Franklin, Alan Vega (Suicide), Mark E. Smith (The Fall), Captain Beefheart, Scott Walker, José Mário Branco, Zé Pedro (Xutos), e muitos outros, deixaram-nos. Há mais de um decénio o editor de música e cultura do New York Times, Jon Pareles, dizia que tinha a felicidade de raramente escrever obituários de músicos da cultura popular, comparando com o que acontecia noutras áreas (da política à economia) e também na cultura, do cinema às artes ou teatro. O seu argumento era da ordem da racionalidade. A maioria dos músicos, em particular os da área pop-rock, não teria ainda uma idade avançada. Hoje a realidade é diferente. A percepção de que a cultura popular já passou a meia-idade acentuou-se. E isso sente-se na mudança de conceitos (a ideia de que o pop-rock é música de jovens, para jovens, focando o que é ser jovem, já pouco sentido faz) e também na maior presença da morte.