Miguel Honrado abandona CCB: “Não me revejo na orientação do projecto”

O administrador ficou apenas oito meses no cargo e confirma ao PÚBLICO que irá substituir António Mega Ferreira na Orquestra Metropolitana de Lisboa.

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Miguel Honrado na apresentação da actual temporada do CCB Pedro Fazeres

Miguel Honrado, que entrou em Março para a administração do Centro Cultural de Belém (CCB), vai deixar o cargo antes de terminar o ano. “Miguel Honrado transmitiu à ministra da Cultura que iria renunciar ao mandato de vogal do conselho do CCB”, confirmou ao PÚBLICO a assessora de imprensa de Graça Fonseca. O gabinete da ministra não prestou mais esclarecimentos.  

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Miguel Honrado, que entrou em Março para a administração do Centro Cultural de Belém (CCB), vai deixar o cargo antes de terminar o ano. “Miguel Honrado transmitiu à ministra da Cultura que iria renunciar ao mandato de vogal do conselho do CCB”, confirmou ao PÚBLICO a assessora de imprensa de Graça Fonseca. O gabinete da ministra não prestou mais esclarecimentos.  

"Não me revejo na orientação do projecto do CCB”, diz Miguel Honrado ao PÚBLICO sobre a sua renúncia ao cargo, confirmando ao mesmo tempo a notícia avançada pelo Expresso ​de que irá substituir António Mega Ferreira na Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML). Honrado escusou-se a entrar em mais esclarecimentos. O seu nome só deverá ser oficializado no próximo dia 17, na assembleia-geral da OML. 

Miguel Honrado entrou no CCB para substituir Luísa Taveira numa administração presidida por Elísio Summavielle e que conta ainda com Isabel Cordeiro como vogal. Ficou apenas oito meses no cargo. Não foi possível obter um comentário por parte do presidente do CCB.

Ao contrário das suas expectativas, Miguel Honrado nunca chegou a receber das mãos do presidente do CCB o pelouro da programação. Elísio Summavielle entregou ao gestor cultural e antigo secretário de Estado da Cultura apenas as pastas da comunicação e do mecenato cultural. A sua antecessora, Luísa Taveira, tinha o pelouro da programação.

Actualmente, a programação é proposta pelos programadores das diferentes áreas, tal como anteriormente, mas aprovada de uma forma colegial por toda a administração.

Miguel Honrado chegou ao CCB praticamente um ano depois do pico de contestação que caracterizou a fase final do seu mandato enquanto secretário de Estado da Cultura.