Estamos perto de ver Banksy (mas ainda não é desta)

Banksy Captured, livro de fotografia da autoria de Steve Lazarides, colaborador do artista durante 11 anos, mostra os bastidores do trabalho do mais famoso autor de arte urbana. Em 252 páginas, vemos Banksy a desenvolver o seu trabalho, mas, como seria de esperar o rosto mantém-se escondido.

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Vemos Banksy, e nunca estivemos tão perto de o ver, mas ainda não o vemos realmente. Assim podemos resumir aquilo que nos mostra Banksy Captured, livro de 252 páginas da autoria de Steve Lazarides, que foi durante 11 anos agente, fotógrafo e motorista do mais famoso artista de arte urbana, cuja identidade se mantém desconhecida.

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Vemos Banksy, e nunca estivemos tão perto de o ver, mas ainda não o vemos realmente. Assim podemos resumir aquilo que nos mostra Banksy Captured, livro de 252 páginas da autoria de Steve Lazarides, que foi durante 11 anos agente, fotógrafo e motorista do mais famoso artista de arte urbana, cuja identidade se mantém desconhecida.

A colecção de fotos incluídas na obra, a publicar brevemente, são inéditas, seleccionadas de um acervo de cerca de 12 mil, e apresentadas pelo autor como “uma viagem fascinante a anárquica pelos bastidores do homem misterioso que se tornou um dos artistas mais famosos do mundo”. As fotos, que Steve Lazarides também disponibiliza para venda individual no seu site, mostram os locais, urbanos ou campestres, em que as obras foram realizadas, bem como retratos das suas acções públicas, como um balão voando no céu de Londres. De maior interesse para os interessados em desvendar o enigma Banksy serão as fotografias que retratam o artista em acção, sozinho ou acompanhado pelos seus colaboradores. A identidade não será revelada – nas imagens, Banksy ora surge de costas, ora tem o rosto escondido por uma protectora bola vermelha.

Steve Lazarides, nascido em Bristol, tal como Bansky, iniciou a sua colaboração com o artista em 1997. Numa entrevista em Setembro passado ao Art Newspaper, defendia ter testemunhado e participado nos “melhores anos” de Bansky. “Ele era novo, ele estava zangado, ele tinha algo a dizer”. Marchand de arte urbana há quinze anos e tornado galerista em 2018, quando inaugurou em Londres a Lazinc Gallery, juntamente com o milionário qatari Wissam Al Mana, Lazarides abandonou agora ambas as actividades. A julgar pelas suas palavras, não terá saudades. “Nunca quis ser a porra de um galerista”, declarou ao Art Newspaper, justificando: “Só o fiz para promover uma subcultura a que não estava a ser dada atenção, mas isso já acabou”. Segundo, Lazarides, que pretende voltar a trabalhar em fotografia, “chegámos a um ponto em que [o universo galerista] é sobre nada mais que valor monetário e já não consigo trabalhar dessa forma”.