Vários municípios da Área Metropolitana do Porto com atrasos nos passes Sub13

Cinco municípios não emitiram nenhum passe. Outros cinco têm número residual. Medida devia estar a funcionar desde o início de Setembro

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Nelson Garrido

Mais de um mês e meio após a entrada em vigor do passe Sub13, em cinco dos 17 municípios na Área Metropolitana do Porto (AMP) não foi emitido qualquer título de transporte deste tipo. É o caso dos concelhos de Arouca, Trofa, Póvoa de Varzim, São João da Madeira e Vale de Cambra, que até sexta-feira - e de acordo com os dados fornecidos esta segunda-feira à Lusa pela AMP - não contabilizavam a emissão de nenhum passe Sub13, título de transporte gratuito para as crianças entre os quatro e os 12 anos.

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Mais de um mês e meio após a entrada em vigor do passe Sub13, em cinco dos 17 municípios na Área Metropolitana do Porto (AMP) não foi emitido qualquer título de transporte deste tipo. É o caso dos concelhos de Arouca, Trofa, Póvoa de Varzim, São João da Madeira e Vale de Cambra, que até sexta-feira - e de acordo com os dados fornecidos esta segunda-feira à Lusa pela AMP - não contabilizavam a emissão de nenhum passe Sub13, título de transporte gratuito para as crianças entre os quatro e os 12 anos.

Noutros municípios, embora a medida tenha entrado em vigor no início de Setembro, o número de passes emitidos é quase residual: em Espinho e Santa Maria da Feira apenas um foi emitido, em Santo Tirso foram sete, em Oliveira de Azeméis 21 e em Vila do Conde 24. No total dos 17 concelhos que compõem a AMP foram emitidos 9964 títulos, 5516 no mês de Setembro e 4448 até sexta-feira. Destes, 2786 já eram clientes do passe escolar pago 4_18, destinado aos estudantes do ensino não superior que não beneficiem de transporte escolar. Ainda de acordo com aqueles dados, do número total de passes emitidos, 5549 correspondem ao Z3 (três zonas) e 4415 ao título municipal, que permite circular apenas naquele concelho.

O município do Porto é aquele que concentra o maior número de passes Sub13, com um total de 1317, no conjunto dos meses de Setembro e Outubro. Segue-se o município de Vila Nova de Gaia, com 1270 títulos emitidos, 796 dos quais em Setembro. Já no município que Matosinhos foram emitidos 781 títulos.

Tal como a Câmara do Porto, que decidiu assegurar através do título “Porto.13.15” a gratuitidade do transporte público para os jovens entre os 13 e os 15 anos, também Matosinhos anunciou em Julho o alargamento da medida para os alunos até aos 18 anos matriculados nas escolas do concelho, estimando, à data, que a medida pudesse abranger “cerca de oito a nove mil estudantes”.

Nos municípios de Gondomar, Maia, Valongo e Paredes, o número de passes Sub13 desde que entrou em vigor não chegou, mesmo somados, aos mil.

No início de Setembro, a AMP reconhecia os “atrasos” nos pedidos de emissão deste título, garantindo, à data, estar “a colaborar de forma a agilizar todo o processo e minimizar eventuais problemas para a população”. Aquela entidade acrescentava que, nos casos em que não fosse possível a aplicação deste procedimento, a emissão dos passes Sub13 seria efectuada da forma habitual, através dos pontos de venda Andante a partir de 15 de Outubro.

Até ao final do ano, o passe Sub13, criado no âmbito do PART - Programa de Apoio à Redução Tarifária, vai continuar em vigor de forma gratuita com o limite de três zonas, devendo a partir do dia 1 de Janeiro ser válido para todo o território.

Autocarros e metro a “abarrotar"

 A redução do preço dos passes mensais fez aumentar “ainda mais” as dificuldades para quem já circulava nos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto, com metros e autocarros “abarrotar” em horas de ponta. “Há poucos autocarros para tanta gente, mas isso já se via antes dos passes baixarem de preço, só que agora piorou”, contou Maria Adelaide. A utente usa todos os dias quatro autocarros entre Gondomar e o seu local de trabalho, na zona de Arca d’ Água, no Porto.

Na estação de metro da Trindade, Maria João, de 20 anos, vinda da Póvoa de Varzim, tem visto os metros mais cheios e confusos. “Muitas vezes vou para a Póvoa e só há uma carruagem e é impossível. Já fiquei de fora e tive de esperar por outro, mas também me acontece de manhã, quando tenho de apanhar aqui na Trindade o metro para o Hospital de São João. Muitas vezes é demasiada confusão e não dá sequer para entrar. Tenho de ficar à espera”, referiu.