Empresa de Joaquim Oliveira falida e com dívida de 750 milhões

Novo Banco e BCP são os maiores credores da Controlinveste SGPS, que está em processo de liquidação.

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Pedro Cunha/Arquivo

São 753,6 milhões de euros em dívidas para 153 mil euros em activos. A Controlinveste SGPS está falida e o caminho para a liquidação é “irreversível”, lê-se no relatório de insolvência desta empresa de Joaquim Oliveira, noticia o Jornal de Negócios. BCP e Novo Banco são credores comuns e os dois maiores, com prioridade face à Olivedesportos, do mesmo empresário, que é um credor subordinado.

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São 753,6 milhões de euros em dívidas para 153 mil euros em activos. A Controlinveste SGPS está falida e o caminho para a liquidação é “irreversível”, lê-se no relatório de insolvência desta empresa de Joaquim Oliveira, noticia o Jornal de Negócios. BCP e Novo Banco são credores comuns e os dois maiores, com prioridade face à Olivedesportos, do mesmo empresário, que é um credor subordinado.

Nem os credores nem a Controlinveste propuseram um plano de recuperação. Por isso, o administrador da insolvência, Jorge Calvete, propôs “o encerramento imediato”, a “liquidação do activo (recuperação de impostos)” e “cessação de actividade em sede de IRC e IVA”.

Para BCP, que tem créditos reconhecidos no valor de 405,9 milhões de euros, e para o Novo Banco, que viu reconhecido direitos de 151,95 milhões de euros, a proposta de “pura liquidação do património da empresa em benefício dos seus credores” é, em teoria, um alívio, porque permite limpar aquela dívida do balanço. Na prática, continuam com garantias sobre activos do grupo.

A elevada dívida da Controlinveste é justificada com o registo de passivos de empresas participadas (Controlinvest Media, Olivedesportos e Gripcom). Por outro lado, diz-se que o “endividamento engordou por via da participação no grupo PT, no qual chegou a ter 2,2%”.