Kokoroko: filhos do afrobeat no jazz de Londres

Um dos nomes mais importantes do novo jazz londrino, os Kokoroko nasceram para reclamar um espaço para o afrobeat nas salas da cidade. Actuam quinta-feira no Festival Músicas do Mundo, em Sines, um dia depois de Nubya Garcia, outro nome fundamental do movimento.

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Os Kokoroko actuaram em Glastonbury e vão estar na próxima quinta-feira no Músicas do Mundo de Sines Nina Manandhar

Foi algures no Quénia que os Kokoroko, uma das mais entusiasmantes bandas surgidas na recente efervescência do movimento do novo jazz londrino, nasceram enquanto ideia. Afastados durante uns tempos da cidade onde nasceram e cresceram, Sheila Maurice-Grey e Onome Ighamre puseram-se a olhar de longe para a cena musical a que assistiam em Londres. E a constatar que a música que os formara, o afrobeat e o highlife, as composições escaldantes de Fela Kuti, Tony Allen ou Ebo Taylor pareciam circunscritas a músicos e público de miúdos brancos fascinados com lugares onde nunca tinham posto os pés, com os quais não tinham qualquer ligação, talvez atraídos por um maravilhamento exótico, certamente inebriada com um jazz de pés enterrados em solo africano.

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Foi algures no Quénia que os Kokoroko, uma das mais entusiasmantes bandas surgidas na recente efervescência do movimento do novo jazz londrino, nasceram enquanto ideia. Afastados durante uns tempos da cidade onde nasceram e cresceram, Sheila Maurice-Grey e Onome Ighamre puseram-se a olhar de longe para a cena musical a que assistiam em Londres. E a constatar que a música que os formara, o afrobeat e o highlife, as composições escaldantes de Fela Kuti, Tony Allen ou Ebo Taylor pareciam circunscritas a músicos e público de miúdos brancos fascinados com lugares onde nunca tinham posto os pés, com os quais não tinham qualquer ligação, talvez atraídos por um maravilhamento exótico, certamente inebriada com um jazz de pés enterrados em solo africano.