Basílica da Natividade foi restaurada e já não é património em perigo

A Comissão de Património Mundial da UNESCO decidiu retirar a Basílica da Natividade e a Rota da Peregrinação, associadas ao nascimento de Jesus, em Belém, na Palestina, da lista de Património Mundial em perigo.

Foto
Ammar Awad/Reuters

“A alta qualidade das obras de restauração do telhado, fachadas exteriores, mosaicos e portas da Basílica da Natividade, o projecto de escavação de um túnel por baixo da Praça da Manjedoura e a adopção de um plano para a conservação do local” motivaram a decisão, tomada pela Comissão de Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de retirar a Basílica da Natividade e a Rota da Peregrinação, associadas ao nascimento de Jesus, em Belém, na Palestina, da lista de Património Mundial em perigo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“A alta qualidade das obras de restauração do telhado, fachadas exteriores, mosaicos e portas da Basílica da Natividade, o projecto de escavação de um túnel por baixo da Praça da Manjedoura e a adopção de um plano para a conservação do local” motivaram a decisão, tomada pela Comissão de Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de retirar a Basílica da Natividade e a Rota da Peregrinação, associadas ao nascimento de Jesus, em Belém, na Palestina, da lista de Património Mundial em perigo.

A Basílica da Natividade, datada do ano 339 e restaurada após um incêndio no século VI – onde, apesar disso, os mosaicos do piso da igreja original permanecem –, e a Rota da Peregrinação, em Belém (Bethlehem), na Palestina, compõem o local onde terá nascido Jesus, identificado pela tradição cristã desde o século II.

Situado a dez quilómetros de Jerusalém, inclui ainda conventos e igrejas latinas, ortodoxas gregas, franciscanas e arménias, bem como torres sineiras, jardins e terraços da Rota da Peregrinação.

Fotogaleria
Ammar Awad/Reuters

Parte integrante da Lista de Património Mundial desde 2012, o local foi reformado pela autoridade palestiniana depois de a UNESCO optar, também, pela sua inclusão na lista de património ameaçado, devido ao estado de degradação da basílica.

A lista de Património Mundial em Perigo foi criada para informar a comunidade internacional sobre as condições que ameaçam as características de uma propriedade inscrita na Lista do Património Mundial e, posteriormente, desenvolver acções de recuperação. Conflitos armados, guerras, desastres naturais, poluição, caça furtiva ou urbanização descontrolada representam alguns dos problemas para os locais considerados como património mundial.

Da lista de património palestiniano em perigo fazem ainda parte a Cidade Velha de Hebron e Battir, paisagem cultural, adaptada para ser um sistema de vale profundo para fins agrícolas.

A decisão foi tomada durante a 43ª sessão da Comissão do Património Mundial, em Baku, capital do Azerbaijão, que começou a 30 de Junho e se prolonga até 10 de Julho.

Foto
Mussa Qawasma/Reuters