No Festival Med, os Diabo estão vivos e Istambul não é o que parece

No arranque do 16.º Festival Med, o grande concerto de uma noite em que houve também Camané e Mário Laginha, BaBa ZuLa e Os Tubarões, veio de uma banda com morte anunciada: Diabo na Cruz.

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É possível que não haja mais Diabo na Cruz daqui por seis meses. Mas há que enaltecer a coragem de uma banda que vê o seu vocalista, guitarrista e compositor retirar-se da equação no início da digressão do álbum mais recente e, ainda assim, decide partir para a estrada como se nada fosse. Pode muito bem ser que nos estejamos a despedir de um dos mais valiosos cancioneiros que a música popular portuguesa viu nascer nos últimos dez anos, mas é difícil olhar e escutar esta banda e dá-la como moribunda ou a caminhar para uma morte anunciada. Se assim for, e isso nos mostrou a primeira noite do 16.º Festival Med, a decorrer em Loulé até sábado, raras vezes se terá visto um projecto musical em pleno cortejo fúnebre a espernear com tanta vitalidade e felicidade. E torna-se mesmo impossível não reparar na forma como se entreolham com estampada cumplicidade no momento em que chegam ao verso “Nada nos pára” (que, na verdade, soa a “nada nos separa”), em Vida de estrada, e sobem as vozes, gritando para que ninguém finja que não os ouve.

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É possível que não haja mais Diabo na Cruz daqui por seis meses. Mas há que enaltecer a coragem de uma banda que vê o seu vocalista, guitarrista e compositor retirar-se da equação no início da digressão do álbum mais recente e, ainda assim, decide partir para a estrada como se nada fosse. Pode muito bem ser que nos estejamos a despedir de um dos mais valiosos cancioneiros que a música popular portuguesa viu nascer nos últimos dez anos, mas é difícil olhar e escutar esta banda e dá-la como moribunda ou a caminhar para uma morte anunciada. Se assim for, e isso nos mostrou a primeira noite do 16.º Festival Med, a decorrer em Loulé até sábado, raras vezes se terá visto um projecto musical em pleno cortejo fúnebre a espernear com tanta vitalidade e felicidade. E torna-se mesmo impossível não reparar na forma como se entreolham com estampada cumplicidade no momento em que chegam ao verso “Nada nos pára” (que, na verdade, soa a “nada nos separa”), em Vida de estrada, e sobem as vozes, gritando para que ninguém finja que não os ouve.