Antropocénico: “Os seres humanos estão a tornar-se uma força geológica”

O geólogo Alejandro Cearreta, da Universidade do País Basco, integra o grupo internacional de especialistas que analisa a criação do Antropocénico como uma nova época geológica formal. O seu “marcador mais claro”, diz, são os radionuclídeos artificiais das detonações nucleares durante as décadas de 1950 e 60.

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Ainda que tenha um caminho longo pela frente, a criação do Antropocénico como época geológica, uma das unidades do tempo geológico, conheceu agora um passo importante. Desde 2009 que um grupo de 34 especialistas discute se deve ser criada formalmente uma nova época geológica para o tempo actual marcado pela influência profunda e global dos seres humanos no planeta e que, segundo muitas opiniões, deixa já os seus sinais nos sedimentos e rochas. Outros consideram que essas marcas serão mais evidentes no futuro do que no presente e que este é, por agora, um conceito mais político e filosófico do que geológico. Mas, entre 20 de Abril e 20 de Maio, o Grupo de Trabalho do Antropocénico, no âmbito da Subcomissão da Estratigrafia do Quaternário, votou de forma vinculativa a favor dessa criação formal.

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Ainda que tenha um caminho longo pela frente, a criação do Antropocénico como época geológica, uma das unidades do tempo geológico, conheceu agora um passo importante. Desde 2009 que um grupo de 34 especialistas discute se deve ser criada formalmente uma nova época geológica para o tempo actual marcado pela influência profunda e global dos seres humanos no planeta e que, segundo muitas opiniões, deixa já os seus sinais nos sedimentos e rochas. Outros consideram que essas marcas serão mais evidentes no futuro do que no presente e que este é, por agora, um conceito mais político e filosófico do que geológico. Mas, entre 20 de Abril e 20 de Maio, o Grupo de Trabalho do Antropocénico, no âmbito da Subcomissão da Estratigrafia do Quaternário, votou de forma vinculativa a favor dessa criação formal.