Morreu a árvore da amizade plantada por Trump e Macron

Prenda do Presidente francês para o homólogo norte-americano acabou por definhar em linha com as relações entre os dois países.

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Presidente norte-americano e homólogo francês plantam a árvore Joshua Roberts / REUTERS

A árvore que o Presidente francês Emmanuel Macron ofereceu em Abril de 2018 ao homólogo norte-americano Donald Trump como demonstração de amizade não resistiu ao período de quarentena e acabou por morrer. 

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A árvore que o Presidente francês Emmanuel Macron ofereceu em Abril de 2018 ao homólogo norte-americano Donald Trump como demonstração de amizade não resistiu ao período de quarentena e acabou por morrer. 

O presente tinha sido oferecido durante uma visita de Estado de Macron a Washington, com os líderes a plantarem juntos o carvalho nos jardins da Casa Branca, numa altura em que ambos procuravam estreitar os laços entre França e Estados Unidos, depois de já vários episódios de atrito entre os dois países. Mas o estado de saúde da árvore acabou por evoluir no mesmo sentido em que se degradaram, uma vez mais, as relações diplomáticas entre Paris e Washington.

Em Novembro de 2018, Donald Trump usou o Twitter para criticar o homólogo francês sobre os comentários que este tinha feito relativamente ao nacionalismo e à necessidade da criação de um “exército europeu”. Antes, em Junho, já Macron tinha deixado um recado a Trump, avisando o presidente norte-americano de que “nenhum líder dura para sempre"

O carvalho tinha sido retirado de uma floresta do norte de França onde mais de 1911 soldados norte-americanos perderam a vida em combate, em Junho de 1918, na Primeira Guerra Mundial. Também no Twitter, Macron tinha feito questão de dizer que a oferta serviria como um monumento à memória dos laços entre franceses e americanos — ainda que, nas redes sociais, alguns tenham visto a prenda como uma crítica subtil às políticas de Trump para o ambiente

Pouco tempo depois de Macron e Trump, acompanhados das respectivas mulheres, terem plantado a árvore nos jardins da Casa Branca, o carvalho acabaria por ser colocado de quarentena — medida que, de acordo com o então embaixador francês nos Estados Unidos, Gérard Araud​, é um procedimento obrigatório “para qualquer organismo vivo importado” para o país, de modo a impedir a propagação de doenças e insectos não nativos. Entretanto, a árvore morreu sem regressar à residência oficial do Presidente dos EUA.

Com a morte do carvalho, o local nos jardins da Casa Branca onde esta foi originalmente plantada permanece vazio, coberto por relva amarelada.