Acabar com as PPP? “O radicalismo não serve a saúde em Portugal”

Com 48 anos de trabalho na saúde, Maria do Céu Machado dá esta terça-feira a sua última licão na Faculdade de Medicina de Lisboa. Numa retrospectiva ao seu percurso profissional, destaca a presidência do Alto Comissariado da Saúde como o seu maior desafio, o mais difícil, aquele que a pôs a ter saudades de ser apenas “uma pediatra feliz”.

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Daniel Rocha

Alta comissária da saúde, directora clínica dos hospitais de Amadora-Sintra e de Santa Maria, presidente do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), vencedora de dois prémios Bial de medicina clínica. O currículo de Maria do Céu Machado é muito extenso e diversificado e a experiência acumulada leva-a a defender que, em saúde, “não pode haver um investimento a curto prazo”, cego. “Nós funcionamos com visão e investimento a curto prazo e que acontece? A resposta aos problemas acaba por ser uma resposta conforme as queixas”, uma “gestão aos soluços”, o que sai “caro”. Contra radicalismos, a pediatra defende que deveria ser feita “uma avaliação das PPP [Parcerias Público-Privadas], de forma a poder ter-se a certeza sobre se o modelo vale a pena ou não”. 

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Alta comissária da saúde, directora clínica dos hospitais de Amadora-Sintra e de Santa Maria, presidente do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), vencedora de dois prémios Bial de medicina clínica. O currículo de Maria do Céu Machado é muito extenso e diversificado e a experiência acumulada leva-a a defender que, em saúde, “não pode haver um investimento a curto prazo”, cego. “Nós funcionamos com visão e investimento a curto prazo e que acontece? A resposta aos problemas acaba por ser uma resposta conforme as queixas”, uma “gestão aos soluços”, o que sai “caro”. Contra radicalismos, a pediatra defende que deveria ser feita “uma avaliação das PPP [Parcerias Público-Privadas], de forma a poder ter-se a certeza sobre se o modelo vale a pena ou não”.