Carlos César diz que autarcas do PS detidos devem sofrer consequências, se violaram a lei

O presidente do PS referia-se aos casos dos autarcas de Santo Tirso e de Barcelos que foram detidos por alegada corrupção.

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Nuno Ferreira Santos

O presidente do PS, Carlos César, afirmou esta quinta-feira que quem agir à margem da lei e quem estiver ligado a situações de abuso de poder ou ao desenvolvimento de actividades ilícitas deve sofrer as respectivas consequências judiciais.

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O presidente do PS, Carlos César, afirmou esta quinta-feira que quem agir à margem da lei e quem estiver ligado a situações de abuso de poder ou ao desenvolvimento de actividades ilícitas deve sofrer as respectivas consequências judiciais.

Carlos César assumiu esta posição no final da reunião semanal da bancada socialista, no Parlamento, depois de confrontado pelos jornalistas sobre as detenções de autarcas socialistas, pela Polícia Judiciária (PJ), na quarta-feira, no âmbito da Operação Teia, que envolveu 50 agentes e seis magistrados.

Os presidentes das câmaras municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do autarca de Santo Tirso) foram detidos por suspeita da prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e colectivas, proporcionando vantagens patrimoniais.

Confrontado com este caso, o presidente do PS disse que, “como cidadão”, entende que “quem agir à margem da lei, quem abusar do poder, quem desenvolver actividades ilícitas ou com efeitos danosos deve sofrer as respectivas consequências”.

“Não conheço o processo em particular, as investigações decorrem e a seu tempo elas chegarão provavelmente a uma decisão judicial. Se for condenado, é a justiça que é feita. Se isso não acontecer, também é justiça”, respondeu Carlos César.

Questionado sobre o facto de um dos suspeitos ser presidente do IPO do Porto, que se encontra em gestão corrente, o presidente do PS retirou em absoluto o Governo da esfera deste processo-crime.

“Não vejo relação, porque o Governo não acompanha as diligências de investigação, que não são publicamente conhecidas”, declarou.