A lição espanhola

A leitura simplista dos resultados eleitorais espanhóis levou à ideia feita de que não há grandes lições diretas para Portugal. Mas há. E profundas.

1. Ao contrário do que foi bastante propagado, as eleições espanholas de há duas semanas não mostraram grandes mudanças na sociedade, mas sim reafirmam a polarização direita/esquerda num processo de reconfiguração do sistema partidário. A direita e a esquerda voltaram a empatar com cerca de 11,4 milhões de votos cada. Em 2015, a direita concentrou [votos] e a esquerda dispersou. Em 2019, a direita dispersou e a esquerda concentrou. Como o sistema eleitoral espanhol não é nem pretende ser proporcional (ao contrário do português que não é, mas pretende ser), ganha quem concentra [votos] e perde quem [os] dispersa.

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1. Ao contrário do que foi bastante propagado, as eleições espanholas de há duas semanas não mostraram grandes mudanças na sociedade, mas sim reafirmam a polarização direita/esquerda num processo de reconfiguração do sistema partidário. A direita e a esquerda voltaram a empatar com cerca de 11,4 milhões de votos cada. Em 2015, a direita concentrou [votos] e a esquerda dispersou. Em 2019, a direita dispersou e a esquerda concentrou. Como o sistema eleitoral espanhol não é nem pretende ser proporcional (ao contrário do português que não é, mas pretende ser), ganha quem concentra [votos] e perde quem [os] dispersa.