Comissão Europeia permitiu exposição dos cidadãos a pesticidas perigosos, acusam ambientalistas

Associação ambientalista conseguiu acesso a 600 documentos oficiais e conclui que os interesses da indústria e critérios económicos foram postos à frente da protecção da saúde e do ambiente. “Nada disto está correcto”, responde a Comissão Europeia.

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José Maria Ferreira

A rede europeia de ambientalistas fala numa “guerra interna” na Comissão Europeia por causa da definição dos critérios usados na avaliação do impacto de pesticidas perigosos. A denúncia surge depois da análise a 600 documentos oficiais que só foram divulgados no final do ano passado, após dois anos de pressão levada a cabo pela associação PAN (Pesticide Action Network). Para os ambientalistas, os documentos que a Comissão Europeia não queria divulgar e que agora lhes foram entregues provam que os interesses da indústria e critérios económicos foram postos à frente da protecção da saúde e do ambiente e que, no final, se permite uma maior exposição dos cidadãos a estes compostos perigosos. “Nada disto está correcto”, reage Anca Paduraru, porta-voz da Comissão Europeia para os projectos da saúde, segurança alimentar e energia. 

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A rede europeia de ambientalistas fala numa “guerra interna” na Comissão Europeia por causa da definição dos critérios usados na avaliação do impacto de pesticidas perigosos. A denúncia surge depois da análise a 600 documentos oficiais que só foram divulgados no final do ano passado, após dois anos de pressão levada a cabo pela associação PAN (Pesticide Action Network). Para os ambientalistas, os documentos que a Comissão Europeia não queria divulgar e que agora lhes foram entregues provam que os interesses da indústria e critérios económicos foram postos à frente da protecção da saúde e do ambiente e que, no final, se permite uma maior exposição dos cidadãos a estes compostos perigosos. “Nada disto está correcto”, reage Anca Paduraru, porta-voz da Comissão Europeia para os projectos da saúde, segurança alimentar e energia.