Sri Lanka entra na lista de atentados mais mortíferos desde o 11 de Setembro

A série de atentados contra igrejas e hotéis de luxo no Sri Lanka no domingo de Páscoa é um dos piores ataques terroristas de sempre.

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Com 290 mortos e 500 feridos, segundo o mais recente número oficial – que pode ainda aumentar – os atentados do Sri Lanka entram para o lote dos piores de que há registo. No topo da lista estão os ataques da Al-Qaeda em território norte-americano em 2001, os piores de sempre, em morreram 2977 pessoas. 

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Com 290 mortos e 500 feridos, segundo o mais recente número oficial – que pode ainda aumentar – os atentados do Sri Lanka entram para o lote dos piores de que há registo. No topo da lista estão os ataques da Al-Qaeda em território norte-americano em 2001, os piores de sempre, em morreram 2977 pessoas. 

Segundo uma contabilidade feita pelo jornal britânico The Guardian, em segundo lugar está um ataque do Daesh a 12 de Junho de 2014 contra a Academia da Força Aérea na cidade iraquiana de Trikrit, cujo nome oficial era Camp Speicher, em que mais de 1500 cadetes, 1500 xiitas e não muçulmanos foram raptados e mortos no deserto.

A 14 de Outubro de 2017, cerca de 600 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas quando um camião cheio de explosivos foi deflagrado no centro da capital da Somália, Mogadíscio. A explosão detonou um camião de combustível que estava perto, criando uma imensa bola de calor que incinerou edifícios e pessoas.

Na República Democrática do Congo, em Dezembro de 2008, o Exército de Resistência do Senhor, uma milícia ugandesa, atacou várias aldeias, cercando pessoas que celebravam o Natal. Foram mortas mais de 620 pessoas, de acordo com vários relatos nos media.

Em Agosto de 2007, pelo menos 500 pessoas morreram e pelo menos 1500 ficaram feridas, em ataques com carros armadilhados contra a comunidade yazidi perto de Mossul, no Iraque, que anos mais tarde seriam de novo mortos, perseguidos e expulsos das suas casas pelo Daesh.

A 1 Setembro de 2004, um comando que incluía membros das repúblicas islâmicas russas da Inguchétia e da Tchetchénia, enviado pelo líder separatista tchetcheno Shamil Basaev, ocupou uma escola na cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, na região do Cáucaso. No terceiro dia deste bloqueio, com 1100 pessoas como reféns (777 dos quais crianças), as forças de segurança russas invadiram o edifício, depois de usarem gás venenoso. Morreram 334 pessoas – para além dos terroristas.

Em Julho de 2016, pelo menos 340 pessoas foram mortas, e centenas ficaram feridas, numa série de ataques bombistas coordenados no distrito de Karrada, em Bagdad, habitado maioritariamente por xiitas. O acto foi reclamado pelo Daesh.

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Bombeiros e outros trabalhadores de emergência tentam controlar o incêndio no World Trade Center, em Nova Iorque, em 2001 ANTHONY CORREIA/REUTERS/ARQUIVO

Em Maio de 2014, militantes do Boko Haram – que nos últimos anos reivindica ser o Estado Islâmico na África Ocidental – atacaram as cidades de Gamboru e Ngala no Norte da Nigéria, matando mais de 300 habitantes locais em meio-dia. A violência desta organização jihadista afecta não só a Nigéria como o Chade, o Níger e o Norte dos Camarões.

Em Julho de 2018, pelo menos 258 pessoas morreram na cidade de Sweida, no sudoeste da Síria, numa ofensiva do Daesh. Antes da guerra, esta zona era habitada pela minoria drusa, e é uma área que se tem mantido sob controlo do Governo do presidente Bashar Al-Assad.

Em Novembro de 2017, cerca de 40 homens armados atacaram uma mesquita perto da cidade egípcia de Bir al-Abed, matando 200 pessoas – foi o pior atentado terrorista no Egipto.

A 11 de Março de 2004, explosões quase simultâneas nos comboios de Madrid mataram 193 pessoas e feriram cerca de 2000 pessoas, perto das eleições legislativas. Espalhou-se a teoria, activamente encorajada pelo Governo do Partido Popular, liderado por José Maria Aznar, de que a responsabilidade seria da organização terrorista ETA e não de radicais islâmicos – o que contribuiu para uma reviravolta eleitoral que levou ao poder o PSOE, com José Luis Rodríguez Zapatero.