Benfica quer fazer de Frankfurt uma escala para “reabastecimento”

Eintracht Frankfurt e Benfica jogam nesta quinta-feira, às 20h, com uma meia-final da Liga Europa em jogo. Os portugueses partem com um 4-2 conseguido em Lisboa.

Foto
Os jogadores do Benfica já treinaram no palco do jogo. LUSA/ARMANDO BABANI

Se Frankfurt é um tradicional ponto de escala de voos internacionais, o Benfica – até aproveitando o caos nacional nos combustíveis – quererá fazer do Eintracht uma mera escala para “reabastecimento”. No fundo, os “encarnados” querem “reabastecer” a esperança de lutar por uma final europeia, cinco anos depois da derrota em Turim, fazendo valer-se da boa vantagem conseguida na Luz, na primeira mão. Na mira do Benfica está uma ida a Londres (mais provável) ou Praga (menos provável), para defrontar Chelsea ou Slavia, na luta pelo sonho de ir a Baku, em Maio.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Se Frankfurt é um tradicional ponto de escala de voos internacionais, o Benfica – até aproveitando o caos nacional nos combustíveis – quererá fazer do Eintracht uma mera escala para “reabastecimento”. No fundo, os “encarnados” querem “reabastecer” a esperança de lutar por uma final europeia, cinco anos depois da derrota em Turim, fazendo valer-se da boa vantagem conseguida na Luz, na primeira mão. Na mira do Benfica está uma ida a Londres (mais provável) ou Praga (menos provável), para defrontar Chelsea ou Slavia, na luta pelo sonho de ir a Baku, em Maio.

Para lá chegar, o Benfica deverá enfrentar, nesta quinta-feira (20h), 90 minutos de futebol. O 4-2 do primeiro jogo é difícil de igualar, pelo que o cenário de prolongamento é altamente improvável. Os portugueses vão entrar em campo sabendo que jogam para três resultados: um empate ou uma vitória valem passagem garantida, mas uma derrota por um golo ou até por dois (com pelo menos dois marcados) poderá ser suficiente.

Aumentar

Este jogo surgirá horas depois da confirmação da venda de Luka Jovic do Benfica para o Eintracht. De um lado, os portugueses “esfregam as mãos” perante uma futura venda milionária do jogador. Do outro, os alemães conseguem garantir um avançado em destaque na Alemanha e que, nesta quinta-feira, poderá ser o maior foco de atenção de uma defesa do Benfica provavelmente alterada.

Ainda que esteja em jogo uma meia-final europeia, a prioridade chamada campeonato nacional deverá levar Bruno Lage a ir a Frankfurt com “meio depósito”, isto é, com a habitual rotação no “onze” em jogos de Liga Europa.

Esperam-se mudanças na defesa – Jardel deverá entrar para o lugar de Ferro –, no meio-campo – Gedson deverá jogar à direita, no lugar de Pizzi e Fejsa pode render Samaris ou Florentino – e até no ataque – descanso para Rafa e/ou Seferovic?

Na antevisão da partida, questionado sobre o regresso de Salvio, Bruno Lage não só não adiantou o “onze” como adensou as dúvidas existentes de ambos os lados. “Nós teremos de perceber se o Eintracht vai jogar com três centrais e se vai jogar com um médio atrás dos dois avançados, tal como eles não sabem se nós vamos jogar com ponta-de-lança ou não”.

Na equipa da casa também há um Eintracht com a “cabeça” dividida. Em plena luta pelos lugares de Champions, na Bundesliga – algo inédito para o clube – Adi Hütter tem, também, o fardo de o Eintracht não “pisar” uma final europeia há 40 anos. Na antevisão da partida, o técnico alemão traçou a estratégia: “vamos jogar com uma das melhores equipas da Europa. Temos de ser cautelosos quando perdermos a bola, porque eles têm muita velocidade. Não lhes podemos conceder hipóteses para marcarem”.

Do lado alemão, deverá haver um conflito de interesses. Por um lado, os números dizem que o Eintracht, a jogar em casa, costuma ter pouca posse de bola, preferindo explorar o espaço, em transições. Por outro, a equipa parte com a já referida desvantagem de dois golos, pelo que uma postura mais expectante do que “asfixiante” poderá dar conforto adicional a um Benfica já relativamente confortável no marcador.

À atenção do Benfica há um dado curioso: para além de gostarem de explorar a profundidade e as transições, os alemães são a segunda equipa da Liga Europa com mais golos marcados de bola parada. Este dado poderá tornar-se ainda mais importante se o avançado francês Haller recuperar a tempo deste jogo: trata-se do jogador em prova com mais duelos aéreos ganhos.

Em suma, o Benfica tem uma vantagem relativamente confortável, mas não poderá facilitar da forma que facilitou na Luz: é que quem sofreu dois golos, em casa, poderá sofrer outros dois, fora. E sofrê-los é espoletar a possibilidade de sair da Liga Europa.