Greve dos enfermeiros: Costa recusa braço-de-ferro, mas admite reivindicações “absolutamente impossíveis”

Questionado sobre se já avançou com a queixa na Justiça contra a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, o primeiro-ministro indicou que “os factos foram transmitidos às autoridades próprias”.

Foto
António Costa na inauguração do novo centro de saúde de Odivelas, esta segunda-feira LUSA/Manuel Almeida

O primeiro-ministro, António Costa, recusou esta segunda-feira a existência de um braço-de-ferro entre o Governo e os enfermeiros, mas defendeu não poder haver acordo em tudo, “porque há reivindicações que são absolutamente impossíveis”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O primeiro-ministro, António Costa, recusou esta segunda-feira a existência de um braço-de-ferro entre o Governo e os enfermeiros, mas defendeu não poder haver acordo em tudo, “porque há reivindicações que são absolutamente impossíveis”.

“Não há nenhum braço-de-ferro”, começou por dizer o primeiro-ministro quando questionado pelos jornalistas. “Agora, não há acordo quanto a tudo, porque há reivindicações que são absolutamente impossíveis no esforço que temos vindo a fazer, e que temos de continuar a fazer, para continuarmos a contratar mais profissionais, podermos continuar a não aumentar as taxas moderadoras, podermos continuar a investir em equipamento, em novas instalações que melhoram também as condições de trabalho de quem trabalha”, acrescentou.

António Costa respondia aos jornalistas à margem da inauguração do novo Centro de Saúde de Odivelas, no distrito de Lisboa, que representou um investimento de 1,4 milhões de euros, para servir 41.800 utentes.

O chefe de Governo considerou que, se o Governo quiser “fazer tudo isto”, terá de “conjugar as diferentes necessidades”, comparando esta questão à “vida de uma família”.

Questionado pela agência Lusa sobre se já avançou com a queixa na Justiça contra a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, como anunciou em Fevereiro que iria fazer, o primeiro-ministro indicou apenas que “os factos foram transmitidos às autoridades próprias”.