Comissão de inquérito a Tancos prolongada até 14 de Junho

Deputados querem fazer mais audições do que as inicialmente previstas e já marcadas.

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Rui Gaudencio

Serão mais três meses, que se somam aos quatro que já decorreram: o prazo da comissão de inquérito parlamentar a Tancos foi nesta sexta-feira alargado até 14 de Junho por unanimidade do plenário da Assembleia da República.

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Serão mais três meses, que se somam aos quatro que já decorreram: o prazo da comissão de inquérito parlamentar a Tancos foi nesta sexta-feira alargado até 14 de Junho por unanimidade do plenário da Assembleia da República.

A comissão parlamentar de inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto do material ocorrido em Tancos foi criada em Novembro por proposta do CDS e tem vindo a fazer uma longa lista de audições. Têm passado pelo Parlamento altas patentes do Exército com responsabilidades directas sobre os paióis de Tancos, mas também os antigos chefes do Estado-Maior do Exército, assim como representantes das várias patentes dos militares envolvidos na vigilância às instalações, por exemplo.

Os trabalhos da comissão de inquérito deveriam terminar no dia 14 deste mês já que o prazo inicial era de 120 dias.

Porém, justifica o projecto de resolução de Eduardo Ferro Rodrigues - a quem compete propor o alargamento do prazo -, é necessário fazer a audição de outros depoentes para além dos já agendados dentro do prazo, a que se soma o tempo para a elaboração do relatório. E nada disto é possível “acomodar” dentro do prazo inicial, argumentou a própria comissão de inquérito quando fez o pedido de prolongamento por 90 dias ao presidente da Assembleia da República.

A par da comissão de inquérito que decorre no Parlamento, o roubo do armamento dos paióis de Tancos e o respectivo achamento num terreno na Chamusca meses mais tarde estão a ser investigados pelo Ministério Público.