Acidente com camiões e ligeiros na A6 faz 17 feridos

O acidente envolveu cinco camiões e seis veículos ligeiros. A circulação já foi retomada na via esquerda da A6 no sentido Caia-Elvas. Segundo a Brisa, a via da direita deverá reabrir às 19h.

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Dezassete pessoas ficaram feridas esta quinta-feira num acidente que envolveu cinco camiões e seis veículos ligeiros na A6, perto de Elvas, distrito de Portalegre. Uma das duas faixas da A6 no sentido Caia-Elvas (Portalegre) reabriu ao trânsito às 17h, anunciou a Brisa, empresa concessionária da auto-estrada.

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Dezassete pessoas ficaram feridas esta quinta-feira num acidente que envolveu cinco camiões e seis veículos ligeiros na A6, perto de Elvas, distrito de Portalegre. Uma das duas faixas da A6 no sentido Caia-Elvas (Portalegre) reabriu ao trânsito às 17h, anunciou a Brisa, empresa concessionária da auto-estrada.

Segundo a Brisa, em declarações à agência Lusa, foi reaberta ao trânsito a "via esquerda" da A6, entre a fronteira do Caia e Elvas, no sentido de Espanha para Portugal. A reabertura da outra via da A6, a da direita, está prevista para as 19h, disse também a empresa à Lusa.

O trânsito estava cortado no sentido Badajoz-Elvas desde as 7h54, confirmou ao PÚBLICO o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre. 

O acidente, que envolveu cinco veículos pesados de mercadorias e seis viaturas ligeiras, ocorreu ao quilómetro 156 da A6 no sentido fronteira do Caia-Elvas, tendo a circulação rodoviária sido efectuada por uma estrada alternativa.

O choque em cadeia provocou um total de 17 feridos ligeiros, dos quais 16 espanhóis, transportados para unidades hospitalares do país vizinho, e um português, que recebeu assistência médica no hospital de Elvas.

Por volta das 17h30, constatou a Lusa no local, ainda decorriam trabalhos de limpeza e de remoção de material em cobre que ficou espalhado na estrada, pertencente ao único camião que permanece por retirar do local.

Quando essa operação ficar concluída, deverá seguir-se a remoção da viatura pesada, através de reboque, tal como aconteceu com os restantes veículos acidentados já retirados do local. A Brisa confirmou que, no local do acidente, "ainda" estão "a decorrer trabalhos de remoção e limpeza".

O único ferido ligeiro português do acidente relatou, segundo a Lusa, que "nunca" lhe tinha acontecido "uma situação destas" e que, na altura do desastre, entrou num "saco de fumo e de nevoeiro".

"Não sei [o que aconteceu], sei que entrámos num saco de fumo e de nevoeiro" e "que, de repente, não vi nada, só vi a traseira do outro reboque" aquando do impacto, contou aos jornalistas o português João Seabra, que conduzia um dos cinco camiões envolvidos na colisão, carregado de detergentes, e que seguia de Sevilha (Espanha) para o Carregado, no concelho de Alenquer (Lisboa).

Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a GNR, os feridos espanhóis têm entre 24 e 56 anos.

Nevoeiro "espesso"

O jornal Hoy, da Extremadura espanhola, consultado pela Lusa, refere que o desastre aconteceu quando "os veículos chegaram a uma zona de nevoeiro espesso" e cita "vários condutores" que afirmam ter-se deparado com "uma parede de nevoeiro e fumo" que os "impedia de ver".

De acordo com o jornal espanhol, a maioria dos automóveis envolvidos no choque em cadeia era ocupada "por habitantes de Badajoz" que "se deslocavam a essa hora para Portugal para os seus postos de trabalho".

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Elvas, Tiago Bugio, admitiu à Lusa que a causa da colisão possa ter sido a fraca visibilidade devido ao "nevoeiro cerrado", mas o capitão José Amaral, do Destacamento de Trânsito de Évora da GNR, disse aos jornalistas que continuam por apurar as causas do acidente, que vão ser investigadas, e escusou-se a confirmar a hipótese do nevoeiro.

O alerta para o acidente ao quilómetro 156 da A6, no sentido Caia-Marateca, foi dado às 7h54. Por volta das 9h estavam no local 43 operacionais — entre meios do INEM, bombeiros de Elvas e Campo Maior, GNR e autoridades espanholas — com o apoio de 21 veículos e um meio aéreo.

O diário digital Linhas de Elvas esteve no local e captou imagens que mostram a dimensão do acidente.