PSD faz levantamento dos investimentos estratégicos para o país

Sociais-democratas querem ter a percepção das reais necessidades do país antes de tomarem uma decisão sobre o megaplano de obras públicas do Governo

Foto
Castro Almeida é vice-presidente do PSD Nuno Ferreira Santos

O PSD anda há quase duas semanas no terreno a ouvir presidentes de câmara, vereadores e representantes das estruturas partidárias para saber quais são as reais necessidades do país e poder assumir uma posição definitiva sobre o que é que as populações gostariam de ver contempladas no Programa Nacional de Investimentos para a próxima década, desenhado pelo Governo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O PSD anda há quase duas semanas no terreno a ouvir presidentes de câmara, vereadores e representantes das estruturas partidárias para saber quais são as reais necessidades do país e poder assumir uma posição definitiva sobre o que é que as populações gostariam de ver contempladas no Programa Nacional de Investimentos para a próxima década, desenhado pelo Governo.

O vice-presidente do PSD, Castro Almeida, lidera a equipa que anda a correr o país e da qual fazem parte um elemento do Conselho Estratégico nacional (CEN) e representantes do grupo parlamentar, que vão rondando em função dos distritos a visitar. Nos últimos dias, a equipa esteve em Leiria, Aveiro Coimbra e esta quinta-feira realizou-se uma reunião conjunta com representantes dos distritos de Santarém, Setúbal e Lisboa. 

“É um trabalho de auscultação do partido relativamente aos investimentos necessários. Andamos pelo país a falar com os nossos autarcas em todos os concelhos e com as estruturas distritais e com os deputados de cada distrito para fazermos o levantamento do que está proposto no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI2030) e daquilo que deveria lá estar e não está”, acrescentou a fonte social-democrata.

Mas o PSD não está apenas preocupado com os grandes investimentos, que envolvem quase 22 mil milhões de euros, quer também dar atenção às chamadas pequenas obras que considera de “grande utilidade” para as populações, daí que esteja a aproveitar esta volta para fazer um levantamento destas situações.

Os sociais-democratas querem fazer uma radiografia exacta do país e, para isso, precisam de tempo, que não é compaginável com a pressa do Governo em aprovar o documento que define os investimentos estratégicos do país.

Esta quinta-feira, no debate parlamentar de um projecto de resolução do PS sobre o PNI2030, o deputado do PSD, Emídio Guerreiro, acusou o Governo de ter votado o investimento público “ao abandono” durante toda a legislatura e vir agora, a três meses das eleições europeias, pedir a aprovação deste documento. “Estamos perante um Governo que não fez o que devia e agora tem pressa de anunciar um plano que atravessa este Governo e pelo menos mais três. O PSD não é responsável por esta contradição”, denunciou o deputado social-democrata.

Para além desta frente, os sociais-democratas estão focados na convenção do Conselho Estratégico Nacional (CEN), que está a produzir documentos sobre as várias áreas de governação. O PSD congratula-se com “grande adesão” ao Conselho Estratégico, que tem a sua convenção marcada para 16 de Fevereiro. Mas nem tudo tem corrido bem. O PÚBLICO sabe que “há secções que não têm o dinamismo e o protagonismo esperado”.