António Guterres pede "respeito pela lei e pelos direitos humanos" na Venezuela

Secretário-geral da ONU apela a todas as partes "que se empenhem num diálogo inclusivo e credível para responderem à prolongada crise no país".

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Pelo menos quatro pessoas morreram nos protestos Reuters/STRINGER

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou esta quinta-feira ao "respeito pela lei e pelos direitos humanos" na Venezuela e pediu uma investigação "independente e transparente" aos casos de violência nos protestos de quarta-feira.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou esta quinta-feira ao "respeito pela lei e pelos direitos humanos" na Venezuela e pediu uma investigação "independente e transparente" aos casos de violência nos protestos de quarta-feira.

Num comunicado em que não é abordado o tema da legitimidade do Presidente Nicolás Maduro, nem a declaração de Juan Guaidó como Presidente interino, o secretário-geral da ONU diz-se "preocupado" com as notícias de "vítimas" na Venezuela. Pelo menos quatro pessoas morreram nos protestos de quarta-feira.

Nesse sentido, Guterres apela a todos os intervenientes que "reduzam as tensões e desenvolvam todos os esforços para evitarem a violência".

Através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, o secretário-geral da ONU apela ainda a todos que "se empenhem num diálogo inclusivo e credível para responderem à prolongada crise no país".

Juan Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional – o Parlamento venezuelano, com maioria da oposição a Maduro, que foi esvaziado de poderes pelo Supremo Tribunal da Venezuela.

No dia 11 de Janeiro, Guaidó foi apoiado na Assembleia Nacional como Presidente interino, chamando "usurpador" a Nicolás Maduro. Essa declaração foi feita um dia depois da tomada de posse de Maduro para mais um mandato de seis anos, na sequência de umas eleições boicotadas pela maioria da oposição e consideradas fraudulentas por muitos países da região e do resto do mundo.

O reconhecimento internacional de Juan Guaidó como Presidente interino foi reforçado na quarta-feira, com a declaração do Presidente norte-americano, a que se seguiram outros chefes de Estado.