Pedro Pinto diz que Rui Rio vai optar pelo voto secreto na moção de confiança

Líder da distrital do Lisboa acredita que haja conselheiros nacionais que tenham uma opinião à entrada e outra à saída.

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Pedro Pinto à chegada ao conselho nacional Nelson Garrido

O presidente da distrital do Lisboa do PSD, Pedro Pinto, declarou à entrada do conselho nacional do partido, no Porto, que Rui Rio vai acabar por defender que a votação da moção de confiança à comissão política nacional da actual liderança se faça por voto secreto.

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O presidente da distrital do Lisboa do PSD, Pedro Pinto, declarou à entrada do conselho nacional do partido, no Porto, que Rui Rio vai acabar por defender que a votação da moção de confiança à comissão política nacional da actual liderança se faça por voto secreto.

“É meu convencimento que ainda vão ver hoje [quinta-feira] o dr. Rui Rio e o presidente da mesa do conselho nacional a defender na abertura [dos trabalhos] o voto secreto, porque acho que a democracia tem regras que são intransponíveis”, disse Pedro Pinto, um dos principais rostos dos críticos a Rui Rio.

“Eu não posso acreditar que isto não seja assim, mas não tenham dúvidas: está tudo preparado para se não for assim”, afirmou revelando que nesse caso será apresentado um requerimento nesse sentido.

Sobre a possibilidade de Luís Montenegro participar no conselho nacional – órgão no qual não tem assento –, o líder da distrital do Lisboa do PSD não se quis pronunciar, deixando essa decisão para o presidente do partido. “Ele não é membro do conselho [nacional], portanto não tem cá lugar, se acharem que politicamente deve estar, estará”, disse, mostrando favorável a um conselho nacional “muito sereno” focado na discussão da moção de confiança à direcção de Rui Rio.

Pedro Pinto acredita que no final desta reunião o partido sairá mais forte e mais reforçado porque as “clarificações levam sempre ao reforço e aqui vai sair uma clarificação, independentemente do resultado”. Mas até lá, diz, vão ser “algumas horas” de debate, dada a “importância” do tema. Acredita que “uns serão convencidos, outros terão uma posição à entrada e poderão ter outra à saída” e declara que o PSD “é um partido de homens livres”.

“Num partido de homens livres, uma discussão profunda transforma sempre o partido num partido mais forte”. Em resposta a uma pergunta de uma jornalista, disse: “Num partido de homens livres é que se fala de voto secreto, num partido de homens condicionados é que se fala de braço no ar. Aliás, só há braço no ar nos partidos totalitários de direita nos chamados partidos fascistas ou nos partidos extremistas marxistas de esquerda”.