PSD: Posição anti-Montenegro de Salvador Malheiro contestada em Aveiro

Vice-presidente da distrital assegura que maioria dos membros está a favor de Rui Rio

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Salvador Malheiro lidera a distrital de Aveiro Paulo Pimenta

A distrital de Aveiro liderada por Salvador Malheiro, que é vice-presidente do PSD, mergulhou numa confusão por causa de um comunicado contra Luís Montenegro. Dois membros da comissão política distrital alargada contestam que essa tenha sido a posição maioritária expressa na reunião da passada segunda-feira e que não foi validado qualquer comunicado. A direcção de Salvador Malheiro reitera que o teor do texto reflecte as posições assumidas.

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A distrital de Aveiro liderada por Salvador Malheiro, que é vice-presidente do PSD, mergulhou numa confusão por causa de um comunicado contra Luís Montenegro. Dois membros da comissão política distrital alargada contestam que essa tenha sido a posição maioritária expressa na reunião da passada segunda-feira e que não foi validado qualquer comunicado. A direcção de Salvador Malheiro reitera que o teor do texto reflecte as posições assumidas.

“Houve uma série de intervenções. Uns a favor outros contra. Houve grandes elogios a Luís Montenegro e algumas críticas à escolha do momento [para desafiar a liderança] e a defender que Rui Rio deve ir a eleições”, afirmou ao PÚBLICO Vicente Pinto, líder da concelhia de Espinho, a terra natal do ex-líder da bancada do PSD. Só que Aveiro é liderado por um dos dirigentes mais próximos de Rui Rio.

O comunicado divulgado após a reunião refere que a comissão política alargada se pronunciou muito “clara e expressivamente no sentido da extemporaneidade do desafio de Luís Montenegro, da inoportunidade desta discussão, da legitimidade jurídica e política da direcção nacional e votar favoravelmente a moção de confiança”.

Essa posição está a ser contestada por membros daquela estrutura. “Não houve unanimidade nem foi aprovada qualquer orientação. Estranhei este comunicado que vincula a comissão política distrital”, afirma Silvério Regalado, presidente da Câmara de Vagos. O autarca estranha que o comunicado não refira “que a grande maioria dos que intervieram foi para dizer que o caminho da comissão política nacional não era o correcto e que é preciso que o partido mude de rumo, de estratégia e de comunicação.”

Vicente Pinto e Silvério Regalado dizem que a questão da liderança não estava na ordem de trabalhos da convocatória da comissão política distrital. “Não houve uma deliberação, nem votação”, reforçou o líder da concelhia de Espinho.

O PÚBLICO contactou Salvador Malheiro que remeteu para os seus vice-presidentes. Vítor Martins, vice-presidente e líder da concelhia de Aveiro, assegurou que “só duas secções manifestaram amizade” por Luís Montenegro e que “as outras foram muito contundentes” sobre o desafio lançado pelo ex-líder parlamentar. Rejeitando qualquer “deturpação” sobre o que se passou na reunião, Vítor Martins confirma que “não houve qualquer votação”, mas que “as pessoas se manifestaram a favor de Rui Rio”.