Comunidade indígena corta oleoduto na Amazónia e causa derrame de 8000 barris de petróleo

A Petroperu diz que já tinha avisado as autoridades de que a comunidade local ameaçara atacar o oleoduto em protesto contra as eleições municipais.

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As falhas no sistema são por si responsáveis por 5600 barris derramados Reuters/NACHO DOCE

A Petroperu, empresa petrolífera estatal do Peru, anunciou nesta quarta-feira que cerca de 8000 barris de petróleo foram derramados na floresta da Amazónia (do lado do Peru) depois de um grupo de uma comunidade indígena ter cortado o oleoduto e impedido os técnicos de reparar a canalização.

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A Petroperu, empresa petrolífera estatal do Peru, anunciou nesta quarta-feira que cerca de 8000 barris de petróleo foram derramados na floresta da Amazónia (do lado do Peru) depois de um grupo de uma comunidade indígena ter cortado o oleoduto e impedido os técnicos de reparar a canalização.

O sistema começou a largar petróleo na noite de terça-feira depois de ter sido sabotado por membros da comunidade indígena Mayuriaga, disse a empresa Petroperu em comunicado.

A empresa refere em comunicado que já tinha avisado as autoridades de que a comunidade local tinha ameaçado atacar aquele troço do oleoduto em forma de protesto contra os resultados das eleições municipais na região. “É um assunto que nada tem a ver com a empresa”, afirmou Alva Hart na entrevista radiofónica.

“Os habitantes da comunidade impediram-nos de reparar a tubagem para evitar o petróleo de verter”, disse a porta-voz da Petroperu, Beatriz Alva Hart, em entrevista com uma rádio local. Não foi possível obter declarações por parte dos líderes da comunidade Mayuriaga.

O oleoduto em causa transporta petróleo dos campos petrolíferos no lado da Amazónia que fica no Peru – o Peru é um dos nove países onde se situa esta floresta, ainda que o Brasil tenha a maior percentagem – para a refinaria da Petroperu na costa do Pacífico. Nos últimos dois anos, tem sido sucessivamente alvo de ataques.

Desde 2016, 15 ataques fizeram com que mais de 20 mil barris de petróleo fossem derramados a partir deste oleoduto da empresa na Amazónia. Segundo o regulador peruano, o Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental, foram derramados mais 5600 barris resultantes de falhas no sistema ou de corrosão.