Portos do continente têm quebra de 3,8% na carga movimentada

Na carga contentorizada, Leixões beneficiou em Setembro da transferência de serviços de Lisboa, cuja actividade foi afectada por “perturbações laborais”. Sines registou o valor mais elevado de sempre

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Nelson Garrido

Os portos do continente registaram, entre Janeiro e Setembro, uma quebra de 3,8% na carga movimentada, fixando-se em quase 70,7 milhões de toneladas, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

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Os portos do continente registaram, entre Janeiro e Setembro, uma quebra de 3,8% na carga movimentada, fixando-se em quase 70,7 milhões de toneladas, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

No relatório de acompanhamento do mercado portuário referente a Setembro deste ano, a entidade revelou que esta 'performance' representa uma diminuição de 2,76 milhões de toneladas face a igual período de 2017.

“O porto de Sines foi o que mais contribuiu para este desempenho negativo, registando, nomeadamente, perdas no valor de 1,1 milhões de toneladas no mercado do carvão, 920 mil toneladas nos produtos petrolíferos, 548 mil toneladas no petróleo bruto”, avançou a AMT.

No entanto, também em Lisboa e Setúbal se registaram perdas significativas “de 404 mil toneladas na carga contentorizada e de 222 mil toneladas na carga fraccionada, respectivamente, representando, no conjunto dos três portos, 71,3% de carga perdida”, salientou a mesma nota.

A AMT revelou ainda que Sines mantém a liderança com “uma quota de mercado de 51,4% do total da carga movimentada”, ou seja, “uma recuperação de 0,5 pontos percentuais face ao mês anterior e um recuo de 1,2 pontos percentuais face ao que detinha no período homólogo de 2017”.

Em segundo lugar, surge o porto de Leixões “com uma quota de 20,5%, seguido de Lisboa, com 12,4%, Setúbal, com 7,1%, e Aveiro, com 5,8% do total”, adiantou a entidade.

Entre Janeiro e Setembro de 2018, o movimento global de contentores foi de 1,4 milhões de unidades e 2,25 milhões de TEU (a medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor).

“Este comportamento deve-se às variações positivas de Leixões e Sines no que respeita ao número de contentores, onde Sines regista o valor mais elevado de sempre, e Leixões é o responsável pelo bom desempenho em volume de TEU”.

Nos restantes portos há “variações negativas, com destaque para Lisboa, onde são reflectidas as perturbações laborais, induzindo a transferência de serviços para o porto de Leixões”, avançou a informação.

Neste segmento, o porto de Sines mantém a liderança com uma quota de 58,2%.

A AMT revelou ainda que “nos portos comerciais registou-se um total de 8.068 escalas de navios de diversas tipologias entre Janeiro e Setembro de 2018”, sendo os portos com maior número de escalas Leixões, Lisboa e Sines.