Campanha para restaurar Presépio dos Marqueses de Belas fecha com mais de 40 mil euros

Restauro deste presépio de grandes dimensões faz parte do programa de valorização da Capela das Albertas, jóia do barroco português.

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O restauro do presépio está a entrar agora na recta final daniel rocha

A campanha pública do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) de angariação de 40 mil euros, para o restauro do Presépio dos Marqueses de Belas, ultrapassou o valor necessário e foi dada como encerrada. De acordo com o MNAA, a campanha, iniciada a 5 de Abril deste ano, e que deveria durar até ao próximo dia 31 de Dezembro, foi hoje encerrada por ter atingido 40165 euros em donativos.

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A campanha pública do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) de angariação de 40 mil euros, para o restauro do Presépio dos Marqueses de Belas, ultrapassou o valor necessário e foi dada como encerrada. De acordo com o MNAA, a campanha, iniciada a 5 de Abril deste ano, e que deveria durar até ao próximo dia 31 de Dezembro, foi hoje encerrada por ter atingido 40165 euros em donativos.

A campanha visa pagar o restauro do "monumental" Presépio dos Marqueses de Belas, e faz parte de um programa mais vasto de recuperação que inclui a chamada Capela das Albertas, "jóia" do período barroco português, disse à agência Lusa, em Abril, o director do MNAA, António Filipe Pimentel.

Quando a campanha foi lançada, o director do museu salientou que se tratava de um "apelo do museu à cidadania, com um objectivo também pedagógico, para manter acesa a dinâmica com os seus públicos e a comunidade".

Adquirido em 1937 por José de Figueiredo, primeiro director do MNAA, este presépio pertencia, na altura, a Sebastião de Carvalho Daun e Lorena, descendente do Marquês de Pombal.

O Presépio dos Marqueses de Belas é uma obra de transição, que concilia características ainda do século XVIII com alguns apontamentos modernos, sendo o maior de todos os presépios da colecção do MNAA e também o único que ainda não tinha sido restaurado.

Pela sua monumentalidade, o processo de conservação e restauro — que inclui limpeza, consolidação das peças de barro cozido policromado, do cenário que as envolve, e da "maquineta" que o guarda — é "minucioso e complexo", diz o museu.

De acordo com a documentação disponível, o presépio foi encomendado ao escultor Joaquim José de Barros — chamado Barros Laborão — no final do século XVIII, por José Joaquim de Castro, um coleccionador de Lisboa.

Nos últimos dois anos, o MNAA realizou duas campanhas públicas para obter fundos com o objectivo de adquirir obras para o museu, nomeadamente o retrato oitocentista de Frei Fonseca Évora, por dez mil euros e, anteriormente, a obra de Domingos Sequeira A Adoração dos Magos, por 600 mil euros, a de maior dimensão, pelo valor que envolveu.

A aquisição das peças foi considerada fundamental para o património artístico português, e para o próprio acervo do museu, que acolhe a mais relevante colecção pública de arte do país, em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da expansão marítima, desde a Idade Média ao século XIX.

Criado em 1884, o MNAA é um dos museus com o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.