Técnicos de diagnóstico em greve ameaçam paralisar SNS

Greve está marcada para segunda-feira. No mesmo dia realiza-se uma manifestação no Marquês de Pombal. Paralisação foi marcada pelos quatro sindicatos que representam dez mil profissionais.

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Fábio Augusto

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica cumprem na próxima segunda-feira um dia de greve. No mesmo dia realizam uma manifestação na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, marcada para as 14h. Os profissionais contestam o processo de regularização da carreira e revisão de salários e pedem a integração de mais técnicos.

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Os técnicos de diagnóstico e terapêutica cumprem na próxima segunda-feira um dia de greve. No mesmo dia realizam uma manifestação na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, marcada para as 14h. Os profissionais contestam o processo de regularização da carreira e revisão de salários e pedem a integração de mais técnicos.

A paralisação foi marcada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (Sindite), Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses (SFP) e Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins públicos (Sintap) que representam cerca de dez mil profissionais.

"A greve nacional dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica vai voltar a paralisar o Sistema Nacional de Saúde (SNS)", afirma o STSS numa nota de imprensa. Esta não é a primeira paralisação do ano. Em Junho e Julho, estes técnicos fizeram greves de 24 horas.

De acordo com o sindicato, esta paralisação "afectará praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados em todas as áreas de intervenção clínica, planos terapêuticos em curso, distribuição de medicamentos, prevenção em saúde", entre outros.

Os profissionais criticam a "intenção do Governo de encerrar o processo negocial da revisão da carreira dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica sem acordo com as associações sindicais". Protestam igualmente contra a tabela salarial "imposta pelo Governo", que, "cruzada com o sistema de avaliação e quotas por categoria", implicará que cerca de 90% destes profissionais "permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional".

As quatro estruturas sindicais querem que o Governo aceite as propostas que apresentaram relativas à tabela salarial e à revisão da carreira. Exigem ainda a contratação de mais técnicos nesta área, assim como "o correcto descongelamento das progressões".

"Se o Governo continuar a manter as propostas já apresentadas que não correspondem às reivindicações dos TSDTs e não forem apresentadas novas na reunião já agendada para a próxima semana, estes sindicatos irão agravar as formas de luta agora anunciadas", dizem ainda na nota de imprensa.

Também na segunda-feira os professores iniciam uma greve a reuniões e actividades fora do horário, que poderá prolongar-se até ao final do ano lectivo.

Já para esta sexta-feira está marcada uma greve geral da função pública, que poderá encerrar escolas e ter impacto nos serviços de saúde.