Pessimismo nas bolsas chega à Europa depois de queda nos EUA

Bolsa portuguesa arrancou a renovar os mínimos de 2018, em linha com o que acontece noutros mercados europeus.

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Bolsa de Nova Iorque esteve em queda esta quarta-feira Reuters/BRENDAN MCDERMID

As bolsas europeias, incluindo a portuguesa, registaram no início da manhã desta quinta-feira uma desvalorização dos seus principais índices, à medida que o pessimismo em torno dos mercados accionistas, que tinha sido evidente no dia anterior nos Estados Unidos contagiou outras zonas do globo.

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As bolsas europeias, incluindo a portuguesa, registaram no início da manhã desta quinta-feira uma desvalorização dos seus principais índices, à medida que o pessimismo em torno dos mercados accionistas, que tinha sido evidente no dia anterior nos Estados Unidos contagiou outras zonas do globo.

Em Portugal, o PSI-20, o principal índice da Bolsa de Lisboa, registava, às 9h15 desta quinta-feira, uma quebra de 0,65% face ao fecho do dia anterior, renovando os seus mínimos do ano.

A evolução do mercado português está em linha com o que acontece no resto da Europa. Na Alemanha, o índice DAX regista uma descida de 0,8%, apresentando agora o seu valor mais baixo desde Dezembro de 2016. Em França, o índice CAC está no nível mais baixo desde Março de 2017, depois de cair mais 0,4% no início da manhã. Em Inglaterra, a queda supera a marca de 1%, estando o índice FTSE 100 no mínimo dos últimos sete meses. No continente asiático, as quedas estão a ser ainda mais fortes, tendo superado os 4% no Japão.

Este desempenho negativo das bolsas europeias e asiáticas já era antecipado depois de no dia anterior a bolsa de Nova Iorque ter mais uma vez fechado em terreno muito negativo. O índice Dow Jones registou uma queda de 2,4%, que eliminou os ganhos que tinham sido conseguidos em todo o resto do ano. As acções do sector tecnológico foram particularmente penalizadas, tendo o índice Nasdaq caído 4,4%. Desde que atingiu o seu máximo histórico em Agosto, este índice já perdeu 12% do seu valor.

O mau momento nas bolsas mundiais tem vinda a ser explicado pelos analistas com vários factores. As subidas de taxas de juro mais rápidas do que o previsto nos EUA, a tensão criada pela guerra comercial entre os EUA e a China e, na Europa, o receio de uma crise em Itália são algumas das explicações mais populares, sendo também importante levar em conta que os resultados apresentados pelas empresas têm vindo a revelar que se pode ter já atingido o pico do actual ciclo de lucros elevados.

Esta quinta-feira, os mercados europeus estarão também atentos ao que será dito por Mário Draghi na conferência de imprensa que se seguirá à reunião mensal do conselho de governadores do Banco Central Europeu. Qualquer sinal de aceleração do processo de retirada de estímulos monetários seria provavelmente mal recebida pelos mercados.