Guterres elogia papel de liderança de Portugal em matéria de oceanos

Secretário-Geral da ONU e Presidente português reuniram-se em Nova Iorque, com Moçambique, Guiné-Bissau e multilateralismo na agenda. Marcelo discursa quarta-feira na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

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Guterres e Marcelo reuniram-se na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque LUSA/JASON SZENES

António Guterres elogiou Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o secretário-geral das Nações Unidas. No encontro que tiveram no domingo à noite, em Nova Iorque, o Presidente da República ouviu o líder desta organização enaltecer o papel de liderança de Portugal em relação aos oceanos, saudando "a oferta para acolher, juntamente com o Quénia, uma conferência dos oceanos em 2020". E agradecer “o importante contributo para os esforços de manutenção de paz na República Centro-Africana”, de acordo com uma nota divulgada pelas Nações Unidas.

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António Guterres elogiou Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o secretário-geral das Nações Unidas. No encontro que tiveram no domingo à noite, em Nova Iorque, o Presidente da República ouviu o líder desta organização enaltecer o papel de liderança de Portugal em relação aos oceanos, saudando "a oferta para acolher, juntamente com o Quénia, uma conferência dos oceanos em 2020". E agradecer “o importante contributo para os esforços de manutenção de paz na República Centro-Africana”, de acordo com uma nota divulgada pelas Nações Unidas.

Por seu lado, o chefe de Estado português enalteceu o papel de António Guterres nestes quase dois anos de mandato como líder da ONU, considerando que "tem conseguido ir ultrapassando, torneando obstáculos cada vez mais difíceis", num contexto "complicado", e expressou o apoio de Portugal à sua acção e às suas prioridades.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final do encontro, em vésperas de intervir no debate geral da 73.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre "num momento difícil", em que no plano internacional se confrontam "comércio livre e proteccionismo" e "multilateralismo e unilateralismo" e persistem "problemas por resolver em vários pontos do globo".

"Tudo isso dá um ingrediente complicado para esta Assembleia Geral. Sabem que há países que têm eleições e que olham, portanto, para a situação universal de uma perspectiva eleitoral", disse, numa referência indirecta sobretudo às eleições intercalares dos EUA.

Neste contexto, o Presidente da República elogiou a acção de Guterres: "Por isso, mais mérito tem a intervenção do secretário-geral das Nações Unidas. Ele tem conseguido ir ultrapassando, torneando obstáculos cada vez mais difíceis. Com uma paciência, com uma inteligência, com uma argúcia notáveis, tem conseguido pôr a falar com as Nações Unidas e às vezes entre si países que de outra forma não falariam", acrescentou, citado pela Lusa.

Interrogado sobre se discutiu com Guterres as posições da actual administração norte-americana, Marcelo respondeu: "Quando nós discutimos o multilateralismo, isso significa a preocupação de chamar todos a esse esforço, todos os nossos parceiros". O Presidente apontou a situação na Coreia do Norte como "um domínio raro em que houve passos positivos” no último ano e manifestou a esperança de que "o clima que foi criado entre as duas Coreias se aprofunde".

Na agenda do encontro, em que participou também o ministro dos Negócios Estrangeiros português, estiveram temas como as eleições na Guiné-Bissau e o processo de paz em Moçambique, assim como os esforços globais para combater as alterações climáticas de forma a atingir as metas do Acordo de Paris até 2020 e as preparações da cimeira de 2019 sobre esta matéria. Com Lusa