Professores fazem greve em Outubro

Dez organizações sindicais de docentes avançam para a greve, incluindo a Fenprof e a Federação Nacional de Educação. Pré-aviso será entregue no Ministério da Educação esta semana.

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Nuno Ferreira Santos

Tinham ameaçado e vão cumprir. Na sexta-feira as organizações sindicais de professores entregam o pré-aviso de greve “em mão, no Ministério da Educação”, faz saber um comunicado tornado público nesta quarta-feira. A greve será já “na primeira semana de Outubro”.

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Tinham ameaçado e vão cumprir. Na sexta-feira as organizações sindicais de professores entregam o pré-aviso de greve “em mão, no Ministério da Educação”, faz saber um comunicado tornado público nesta quarta-feira. A greve será já “na primeira semana de Outubro”.

“Os professores e educadores exigem que o Governo honre o compromisso que assumiu, cumpra a lei e respeite a Assembleia da República”, lê-se num comunicado publicado no site da Federação Nacional de Professores (Fenprof).

O pré-aviso de greve terá validade de 1 a 4 de Outubro e foi redigido de forma a que todos os professores possam aderir ao protesto em cada um dos quatro dias. No entanto, a Fenprof vai apostar numa mobilização maior por regiões em cada um dos dias. Ou seja, no dia 1 o foco da greve está em Lisboa, Santarém e Setúbal; no dia seguinte, no Sul; seguindo-se o Centro e o Norte e Açores. No dia 5 de Outubro, feriado nacional e dia mundial do professor, está marcada uma manifestação nacional em Lisboa.

Os docentes exigem que se “negoceie o prazo e o modo de recuperar todo o tempo de serviço que cumpriram”, lê-se no comunicado. “Até agora, porém, o Governo, de forma intransigente, tem recusado contabilizar os nove anos, quatro meses e dois dias de actividade desenvolvida pelos docentes nos períodos de congelamento das carreiras e ameaça não só apagar mais de 6,5 anos (70%) desse tempo, como adiar para próximas legislaturas a concretização de qualquer medida que possa tomar, abrindo portas à liquidação da carreira docente”, acrescenta.

Dez organizações sindicais de docentes subscrevem o comunicado, incluindo a Fenprof e a Federação Nacional de Educação (FNE). Nele informa-se ainda que tem havido plenários em várias escolas “nos quais já participaram milhares de professores e educadores” que, "por norma", aprovaram "por unanimidade e aclamação" a estratégia dos sindicatos.