Morreu a actriz brasileira Beatriz Segall

O Globo recorda que a actriz ficou conhecida pela participação na novela Vale Tudo, na qual desempenhava o papel da vilã Odete Roitman.

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A actriz brasileira Beatriz Segall morreu esta quarta-feira, aos 92 anos, na sequência de problemas respiratórios, noticiou o Globo, citando fonte hospitalar.

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A actriz brasileira Beatriz Segall morreu esta quarta-feira, aos 92 anos, na sequência de problemas respiratórios, noticiou o Globo, citando fonte hospitalar.

De acordo com o jornal brasileiro, a actriz esteve internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e recebeu alta no dia 21 de Agosto, tendo voltado a ser internada recentemente por motivos não especificados, a pedido da família.

O Globo recorda que a actriz ficou conhecida pela participação na novela Vale Tudo, na qual desempenhava o papel da vilã Odete Roitman.

Nascida no Rio de Janeiro, Beatriz Segall trabalhou também em teatro e cinema ao longo de uma carreira de mais de 70 anos.

A última participação da actriz na TV foi na série Os experientes, há quase três anos.

A estreia na Globo aconteceu em 1978, na novela Dancin'days, seguindo-se Pai herói, ambas transmitidas em Portugal. Segall participou ainda em produções televisivas como Água viva, Sol de Verão, Champagne, Carmen, Barriga de aluguer, De corpo e alma, Sonho meu Anjo mau.

Foi, porém, o teatro que marcou o início da carreira de Beatriz Segall, que se estreou em Manequim, de Henrique Pongetti, no antigo Teatro Popular de Arte, fundado em 1948, no Rio de Janeiro.

Seguiram-se peças como Os inimigos, de Máximo Gorki, Marta Saré, com a companhia de Fernanda Montenegro, O interrogatório, de Peter Weiss, e Shakespeare, em diferentes palcos no Brasil.

Com o marido, Maurício Segall - que se opôs à ditadura militar brasileira - recuperou o Theatro São Pedro, em São Paulo, no início da década de 1970, actualmente um dos principais palcos líricos do Brasil.

No cinema destacam-se as participações de Beatriz Segall em A beleza do diabo, de Romain Lesage, e Pixote, a lei do mais fraco, de Hector Babenco.

A edição online do jornal O Globo recorda esta quarta-feira a última entrevista de Beatriz Segall, realizada em 2017, ao site Mais Comunicativa. "A mulher tem de acreditar, se tornar e se achar um ente importante", disse então a actriz recordando que, ao longo da sua carreira, viu o cenário mudar muito, em relação à mulher. "O movimento feminista é vencedor. Eu acho que é".