FNE e Fenprof agregam quase dois terços dos sindicatos de professores

Há 14 estruturas federadas na FNE e na Fenprof e ainda oito sindicatos independentes, metade dos quais nasceram nos anos 1990.

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Manuel Roberto

O Sindicato de Todos os Professores é o 23.º sindicato de professores legalizado. Além das 14 estruturas reunidas na Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e Federação Nacional de Educação (FNE), há ainda oito sindicatos independentes que têm assento nas reuniões com o Governo e têm o poder de convocar plenários de trabalhadores ou greves.

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O Sindicato de Todos os Professores é o 23.º sindicato de professores legalizado. Além das 14 estruturas reunidas na Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e Federação Nacional de Educação (FNE), há ainda oito sindicatos independentes que têm assento nas reuniões com o Governo e têm o poder de convocar plenários de trabalhadores ou greves.

A Fenprof, liderada por Mário Nogueira e afecta à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), e a FNE, filiada na União Geral de Trabalhadores (UGT9 e dirigida por João Dias da Silva, são as duas estruturas mais representativas e também as mais mediáticas. Nascidas após o 25 de Abril, com a legalização do movimento sindical, foram durante os primeiros anos da democracia as únicas representantes dos professores. Continuam a agregar quase dois terços do movimento sindical: dos 23 sindicatos de professores existentes, 14 estão federados nestas duas estruturas.

Este grupo de 14 estruturas divide-se em número igual entre a Fenprof e a FNE. Na primeira: Sindicato dos Professores do Norte; Sindicato dos Professores da Região Centro; Sindicato dos Professores da Grande Lisboa; Sindicato dos Professores da Zona Sul; Sindicato dos Professores da Região dos Açores; Sindicato dos Professores da Madeira e Sindicato dos Professores no Estrangeiro. Na segunda: Sindicato dos Professores da Zona Norte; Sindicato dos Professores da Zona Centro; Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa e Vale do Tejo; Sindicato Democrático dos Professores do Sul; Sindicato Democrático dos Professores dos Açores; Sindicato Democrático dos Professores da Madeira e Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas.

A partir dos anos 1980 começaram a surgir outros sindicatos independentes. O mais antigo é o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), fundado em 1981, que apesar de ser independente da FNE, é também afecto à UGT. Essa é também a situação do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape). 

No final dessa década nasceu o Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (Sippeb), criado em 1988. Na década seguinte, foram constituídos outras quatro estruturas sindicais: a Associação Sindical de Professores Licenciados (1992); o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (1994); a Associação Sindical dos Professores Pró-Ordem (1995) e o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades (1997).

Antes do surgimento do Sindicato de Todos os Professores, o sindicato mais recente era o Sindicato Independente de Professores, criado em 2001 e que no seu grupo original era constituído apenas por mulheres da Região Norte do país.